Começar um relacionamento é complicado para todas as pessoas, mas, para os portadores de doenças sexualmente transmissíveis (DST) esse cenário pode ser ainda mais complicado. Uma prática que vem se tornando comum entre os portadores de alguma DST é buscar parceiros em sites de relacionamento dedicados para esse público.
O surgimento desses sites coincide com o aumento dos casos de DST. Os sites são voltados, especialmente, para os portadores das doenças não curáveis, como a herpes genital, o HPV e o HIV. Contudo, pessoas com DSTs curáveis também optam por buscar nesses sites pessoas com quem se relacionarem.
De acordo com os defensores desses sites, buscar relacionamentos em ambientes virtuais onde os outros compartilham dos mesmos problemas faz com que seja mais fácil se abrir. Além disso, ainda existem muito estigmas em torno das DSTs, sendo que alguns portadores se sentem “aberrações”, e muitos, especialmente mulheres, têm medo que os parceiros acreditem que eles tiveram muitos outros parceiros sexuais.
Já os contrários a esse tipo de site argumentam que esses podem aumentar o estigma e o preconceito contra os doentes, pois pode induzir ao pensamento de que um portador de DST só pode, ou deve, se relacionar com alguém que compartilha do mesmo problema.
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