No Brasil, 54,1% das mortes maternas ocorrem entre mulheres negras entre 15 e 29 anos, mostra estudo apresentado na IV Conferência Nacional da Promoção da Igualdade Racial, que ocorreu entre 27 e 30 de maio em Brasília. De acordo com o estudo, mulheres negras têm duas vezes mais chances de morrer por causas relacionadas à gravidez porque elas não receberiam a mesma atenção médica das mulheres brancas, nem sob as mesmas condições.
De acordo com o estudo, que também inclui o grupo de racismo e saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), com base em estatísticas do Ministério da Saúde do Brasil e da Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres negras recebem recursos menos para aliviar a dor durante o parto.
Embora o Brasil tenha reduzido significativamente os números de mortalidade materna nos últimos anos, ainda não atingiu a meta estabelecida pelas Nações Unidas de reduzir a taxa de mortalidade em 75% até 2015. De cada 100.000 nascidos vivos, uma média de 60 mulheres em idade fértil morre.
Fonte: IV Conferência Nacional da Promoção da Igualdade Racial. 27 e 30 de maio, Brasília, DF.