Nos Estados Unidos, não há uma legislação que regulamente a composição das tintas para tatuagem, e novas pesquisas sugerem que elas podem conter corantes potencialmente cancerígenos, bem como pequenas partículas que podem viajar no corpo e causar dano. Além disso, a remoção de tatuagens também é preocupante porque não se sabe como a tinta se decompõe ou quais produtos se formam quando isso acontece.
Em estudo apresentado na Reunião Anual da Sociedade Americana de Química, pesquisadores analisaram quase 100 tintas e concluíram que, mesmo quando elas apresentavam rótulos de ingredientes, as listas geralmente não eram precisas.
Segundo os pesquisadores, as tintas de tatuagem contêm um pigmento e uma solução transportadora. O pigmento pode ser um composto molecular, tal como um pigmento azul; um composto sólido, como dióxido de titânio, que é branco; ou uma combinação dos dois tipos de compostos, como a tinta azul clara, que contém o pigmento azul molecular e o dióxido de titânio. A solução transportadora transporta o pigmento para a camada intermediária da pele e normalmente ajuda a tornar o pigmento mais solúvel. Também pode controlar a viscosidade, ou espessura, da solução de tinta e, às vezes, inclui um ingrediente anti-inflamatório.
Das 56 tintas analisadas até o momento, 23 sugerem que um corante contendo azo está presente. Enquanto muitos pigmentos azo – basicamente corantes orgânicos sintéticos – não causam problemas de saúde quando estão quimicamente intactos, bactérias ou luz ultravioleta podem degradá-los em outro composto à base de nitrogênio que é um potencial cancerígeno.
Agora, os pesquisadores planejam adicionar as informações ao seu site What’s in My Ink? depois de executarem testes adicionais e os dados serem revisados por pares.
Fonte: 2022 American Chemical Society Annual Meeting.