O Natal está chegando e as lojas estão cheias de opções de brinquedos para agradar as crianças. Mas, para quem ainda tem dúvidas quanto ao que comprar, a Academia Americana de Pediatria (AAP) tem uma sugestão: opte pelos brinquedos não digitais.
Em um novo relatório, a AAP analisa a mudança nos brinquedos nas últimas duas décadas e a percepção dos pais sobre os jogos. Os resultados mostram que brinquedos tradicionais como bonecas, carrinhos, blocos e lápis de cera deram lugar ao virtual, de jogos que utilizam dispositivos móveis a animais falantes que liam histórias em voz alta.
De acordo com o relatório, muitas vezes, brinquedos digitais são comercializados como “educativos”, e muitos pais os veem dessa maneira. Contudo, enquanto um brinquedo digital pode ajudar as crianças a aprender uma habilidade “limitada”, é realmente um tempo de brincadeira incondicional que as crianças precisam.
Os pesquisadores explicam que os brinquedos são simplesmente adereços que podem ser usados para ajudar pais e filhos a passarem bons momentos juntos, sendo essa interação humana o que importa. Brinquedos mais simples podem dar às crianças mais liberdade para usar sua imaginação e criatividade, praticar a solução de problemas e aprender a interagir com os outros, tendo que negociar “regras” de jogo, por exemplo. O relatório diz, também, que ler em voz alta para as crianças pequenas ajuda no seu desenvolvimento.
O relatório diz que os brinquedos digitais, quando utilizados com moderação, não são prejudiciais, mas ressalta que esses não devem substituir as interações entre as crianças e nem dessas com seus cuidadores.
Bebês e crianças de até dois anos também não devem ser expostos a telas com frequência, e para aquelas com idade entre dois e cinco anos, este tempo deve ser limitado a uma hora pode dia, no máximo.
Fonte: Pediatrics, 03 de dezembro de 2018.