Pesquisa objetivou quantificar as chances relativas de comportamento muito violento autorrelatado na adolescência e na idade adulta jovem, dado o consumo de mídia violenta autorrelatada na infância.
Os dados de linha de base foram coletados nacionalmente on-line de 1.586 jovens de 10 a 15 anos de idade em 2006. Os dados de acompanhamento foram coletados em 2010 a 2011 e 2016. As crianças relataram a quantidade de música, videogames, televisão, sites com pessoas reais e desenhos animados que retratavam “luta física, ferimentos, atirar ou matar”. Comportamento gravemente violento foi avaliado 5 e 10 anos depois.
Após cinco anos de acompanhamento, 887 adolescentes que completaram a pesquisa na linha de base. As chances relativas de relatar comportamento violento grave ao longo do tempo foram 2,45 vezes maiores com cada aumento incremental no consumo de mídia violenta no momento basal. Após o ajuste para outras características potencialmente influentes, os resultados persistiram. As chances relativas também foram elevadas para aqueles frequentemente expostos à violência na música, televisão e videogames.
Após dez anos de acompanhamento, 760 adultos jovens completaram as medidas na linha de base. As chances relativas de comportamento violento grave aumentaram 2,18 vezes com cada aumento incremental no consumo de mídia violenta basal. Após ajuste para outros fatores, a associação persistiu. A exposição frequente à violência em videogames e televisão também foram implicados.
Assim, a exposição à mídia violenta na infância pode ser uma influência modificável no comportamento seriamente violento na adolescência e na idade adulta, mesmo para aqueles que têm outros fatores de risco.
Fonte: Journal of Adolescent Health. DOI: 10.1016/j.jadohealth.2022.03.003.
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