Branco mental pode ser explicado pela ciência

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Saúde mental

Você já pegou alguém "viajando" enquanto você conversa com ela? Pois a ciência prova que isso é natural. O estudo de imagens cerebrais realizado por pesquisadores europeus desafia a noção de que a mente humana está constantemente pensando e sugere que o “branco mental” é um estado mental distinto no qual o cérebro fica essencialmente offline: um modo semelhante ao sono profundo, apenas quando acordado.

O branco mental é um estado mental relativamente novo no estudo da cognição espontânea. Ele abre caminhos interessantes sobre os mecanismos biológicos subjacentes que acontecem durante a vida de vigília, explicam os pesquisadores. Segundo eles, esses dados podem indicar que os limites do sono e da vigília não sejam tão discretos quanto parecem ser.

Pesquisadores da Suíça reanalisaram um conjunto de dados coletados anteriormente em que algumas dezenas de participantes saudáveis ​​foram solicitados a indicar seu estado mental, dadas algumas opções, antes de ouvir um bipe enquanto descansavam em um scanner de ressonância magnética e imagens cerebrais eram tiradas.

Os pesquisadores descobriram que episódios de ausência mental foram relatados com pouca frequência, em comparação com os outros estados mentais, e raramente se repetiam ao longo do tempo.

Usando inteligência artificial, os cientistas descobriram que durante episódios de supressão da mente, ou de esvaziamento da mente, todas as regiões do cérebro estão se comunicando umas com as outras ao mesmo tempo. E esse padrão cerebral ultraconectado foi ainda caracterizado por "uma alta amplitude global do sinal de fMRI", um indicador de "um baixo nível de excitação cortical" – semelhante ao modo de sono profundo.

Os pesquisadores disseram que isso poderia explicar a incapacidade de uma pessoa de relatar conteúdo mental devido à incapacidade do cérebro de diferenciar sinais – sugerindo que o que eles chamam de “eventos mentais instantâneos não reportáveis” pode ocorrer durante a vigília.

Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences. DOI: 10.1073/pnas.2200511119.

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