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Úlceras no pé diabético

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Neste artigo:

- O que é
- Causas
- Avaliação
- Tratamento
- Prevenção

O que é

Úlceras no pé diabético são feridas nos pés que se desenvolvem em pacientes com diabetes tipo 1 ou tipo 2. Elas podem afetar até cerca de um terço dos pacientes diabéticos, e até metade delas podem infeccionar, o que pode resultar em amputações de parte do pé ou mesmo do membro inteiro

Causas

O diabetes pode causar uma condicação chamada neuropatia, que são danos nos nervos periféricos, e que leva à à diminuição da sensação de dor e pressão, o que pode fazer com que as pessoas com diabetes não sintam quando se machucam. Além disso, a neuropatia pode causar deformidades nos póes e ressecamento da pele, com aumento da probabilidade de formação de calos, pequenos cortes e arranhões, que podem evoluir para uma ferida mais grave.

Cerca de 50% das pessoas com úlcera no pé diabético têm doença arterial periférica, uma condição que reduz o fluxo sanguíneo para as pernas. Indivíduos com úlceras diabéticas no pé e doença arterial periférica correm maior risco de desenvolver úlceras infectadas e sofrer amputação do pé.

Avaliação

A avaliação clínica das feridas se dá pelo tamanho, profundidade e se há algum sinal de infecção e, se sim, qual grave é. Pode-se pedir exames para avaliar o fluxo sanguíneo nas pernas, exames de imagem para determinar se houve infecção óssea e exames laboratoriais para marcadores inflamatórios.

Tratamento

As úlceras do pé diabético devem ser tratadas com cuidados com as feridas, remoção cirúrgica de qualquer tecido morto ou infectado e curativos apropriados. Pacientes com úlceras infectadas no pé diabético precisam de tratamento com antibióticos. Um gesso na altura do joelho ou uma bota pré-fabricada pode ajudar na cicatrização, reduzindo a pressão sobre a úlcera. O risco de amputação diminui quando os pacientes são atendidos por uma equipe multidisciplinar, que normalmente inclui um podólogo, especialista em doenças infecciosas, cirurgião vascular e clínico de atenção primária.

Pacientes com úlcera no pé diabético e doença arterial periférica podem ser submetidos a uma cirurgia de ponte de safena para restaurar o fluxo sanguíneo para o pé, o que pode diminuir o risco de amputação. Procedimentos cirúrgicos vasculares minimamente invasivos (terapia endovascular) também podem ser usados para pacientes com úlcera no pé diabético e doença arterial periférica. A amputação de parte ou de todo o pé pode ser necessária para pacientes com úlceras no pé diabético e osso infectado.

Com o tratamento correto, cerca de 40% das úlceras em pé diabético cicatrizam corretamente, mas cerca de um quarto persistem até um ano após o tratamento. Ela pode voltar em até 40% dos pacientes dentro de um ano, e em 65% deles em cinco anos.

Prevenção

Pessoas com diabetes devem ter especial cuidado com os pés, usando calçados apropriados a cada ocasião e observando qualquer alteração. Já os pacientes que têm úlcera curadam devem passar por avaliação profissional de cuidados dos pés mensalmente ou, no máximo, a cada três meses.

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