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Foliculite

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste artigo:

- O que é
- Causas e sintomas
- Tipos de foliculite
- Diagnóstico e tratamento
- Prevenção

O que é

A foliculite é a inflamação do folículo capilar. Ela pode ocorrer em qualquer parte do corpo e atingir mais de um folículo simultaneamente. É no folículo capilar que se localiza a raiz do pelo, e estima-se que existam cerca de cinco milhões de folículos no corpo humano.

Causas e sintomas

A foliculite ocorre quando os folículos capilares são bloqueados ou danificados por diversos fatores, como fazer a barba, depilação ou atrito da pele com a roupa. Com a região danificada, bactérias, especialmente o Staphylococcus, se instalam na região, causando inflamações.

As pústulas apresentam discreta vermelhidão ao redor, e, quanto mais profunda a lesão, mais elevada e avermelhada fica a região, que pode apresentar dor ou coceira.

Tipos de foliculite

  • Foliculite decalvante: este tipo de processo infeccioso crônico leva à atrofia do pelo, deixando áreas sem pelos que se expandem com a progressão da doença.
  • Foliculite queloidiana da nuca: Se caracteriza pela formação de pústulas foliculares na nuca que evoluem para lesões queloidianas. É mais comum nos homens de raça negra que apresentam politriquia, ou seja, fusão de folículos na superfície da pele, onde surgem dois ou três pêlos.
  • Foliculite pitirospórica: também conhecida como foliculite por Malassezia, essa se manifesta por pequenas lesões foliculares ou pequenas pústulas que se localizam, principalmente, no pescoço, tronco e membros inferiores. Geralmente, mulheres com idade entre 25 e 35 anos são mais propensas a apresentar essa forma de foliculite, assim como pacientes com diabetes ou pessoas que se submeteram a tratamentos prolongados com antibióticos ou corticoides. A região pode coçar, especialmente se o clima estiver quente e úmido.
  • Foliculite da barba: ocorre na região da barba atingindo homens na fase adulta. Tem característica crônica e, quando as lesões são muito próximas, pode ocorrer a formação de placas avermelhadas, inflamatórias e com inúmeras pústulas ou crostas.
  • Periporite supurativa: esse é o tipo de foliculite que mais atinge as crianças pequenas e geralmente segue-se à miliária, popularmente conhecida como brotoeja, com pústulas superficiais ou nódulos inflamatórios que acabam por drenar secreção purulenta.
  • Foliculite pruriginosa de gravidez (FPG): inicia-se, geralmente, no segundo ou terceiro bimestre da gestação e afeta o tronco, braços e pernas. Apresenta-se na forma de pequenos caroços com ou sem purgação e regridem espontaneamente em até duas semanas após o parto.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da foliculite se dá através da avaliação do aspecto da pele, sendo possível a realização de exames laboratoriais para detecção da bactéria ou fungo que está causando a infecção.

No tratamento podem ser utilizadas compressas umedecidas e mornas para drenagem dos folículos afetados. Pode-se ainda utilizar antibióticos tópicos, que são aplicados diretamente sobre as lesões, medicamentos orais ou antifúngicos.

Prevenção

A prevenção da foliculite consiste em evitar danos nos folículos capilares. Para tal, é necessário buscar formas de minimizar o atrito entre a pele e a roupa, assim como evitar o uso de lâminas nas regiões afetadas. Caso isso não seja possível, é deve-se optar por lâminas de barbear novas e limpas ou por barbeadores elétricos, e a lâmina deve ser passada no sentido de crescimento do pelo para evitar que esses se encravem. Por fim, manter a região limpa é fundamental para controlar e evitar a infecção.

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