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Mamografia

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste artigo:

- Introdução
- Mamografia
- Tipos
- Exames complementares
- Fatores de risco para câncer de mama
- Referências

Introdução

O câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, e é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama formando um tumor. Existem vários tipos de câncer de mama, o que faz com que a doença evolua de diferentes formas.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, anualmente, cerca de 60 mil novos casos sejam diagnosticados no Brasil. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura. Além do autoexame das mamas e da consulta a um ginecologista ou mastologista, a mamografia é um dos exames mais usados para rastreio de tumores e nódulos na mama.

Mamografia

A mamografia é um exame não invasivo para rastreamento de nódulos e alterações na mama, e é recomendada para mulheres a partir dos 40 anos de idade. A idade ideal para se iniciar o rastreamento da mama por mamografia varia dentro da comunidade médica. O Ministério da Saúde, seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde, recomenda o exame para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam exames anuais para mulheres a partir dos 40 anos. Para mulheres de grupos de risco para câncer de mama, pode-se recomendar a realização do exame antes dos 40 anos.

O exame consiste em um tipo de radiografia das mamas feita por um equipamento chamado mamógrafo, que é capaz de identificar alterações suspeitas de câncer antes do surgimento dos sintomas.

A mamografia diagnóstica, realizada com o objetivo de investigação de lesões suspeitas na mama, pode ser solicitada em qualquer idade, caso o médico considere importante. Contudo, em mulheres mais jovens, a mamografia diagnóstica pode não apresentar bom resultados, uma vez que as mamas dessas mulheres tendem a serem mais densas.

A mamografia está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as idades, conforme indicação médica.

Tipos

Existem dois tipos de mamografia disponíveis no mercado:

Mamografia convencional: a mais popular e disponível no SUS, utiliza o sistema de raios-x, no qual a mama é exposta à radiação e a imagem armazenada no filme. O principal problema deste método é que, caso ocorra algum problema com o filme onde o exame foi registrado, ele precisará ser refeito.

Mamografia digital: utiliza um detector que transforma o raio-X em sinal elétrico e transmite para um computador. A imagem é armazenada no sistema e pode ser recuperada eletronicamente. Ela permite, também, que o radiologista ajuste as imagens, no próprio monitor da estação de trabalho, realçando ou ampliando alguma área, para analisá-la melhor, podendo valer-se, também de softwares que auxiliam na detecção de lesões.

Exames complementares

Em alguns casos a mamografia pode não ser o exame mais eficaz para diagnóstico correto de nódulos na mama. Nestes casos, ou quando a mamografia apresenta alterações, o médico pode pedir outros exames complementares para fechar o disgnóstico. Os exames mais comuns são:

Ultrassom: indicado para pacientes com mamas muito densas; para identificar a localização de lesões antes de biópsias; e como complemento da mamografia onde são diagnosticadas assimetrias e faz-se necessária uma investigação mais detalhada. Permite a identificação melhor do nódulo (formato, solidez, localização, contorno e margem).

Ressonância magnética: indicada para casos já diagnosticados de câncer de mama, mas que ainda precisam determinar com maior precisão o tamanho do tumor e a possível existência de outras lesões.

Biópsia: exame invasivo na qual é retirado um pedaço do tecido interior da mama, geralmente um nódulo, para avaliação laboratorial e observação da existência ou não de células cancerígenas. Normalmente é feito como confirmação do câncer.

Fatores de risco para câncer de mama

Alguns fatores aumentam o risco para câncer de mama. Mulheres têm maior risco que homens, contudo, apesar de raro, homens também podem desenvolver tumores na mama. A idade também interfere no risco de câncer de mama, sendo que o risco aumenta proporcionalmente com a idade. Além desses, fatores genéticos e hereditários, como histórico familiar de câncer de mama também aumentam o risco da doença; bem como mutações genéticas.

A cor da pele também interfere, sendo que mulheres brancas têm mais chances de desenvolverem a doença. Mulheres com mamas densas ou que já tiveram doenças benignas nas mamas também estão em maior risco. Menstruação precoce ou menopausa tardia também aumentam o risco.

Referências

Bibliomed

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

Instituto Nacional do Câncer (INCA)

Ministério da Saúde

Organização Mundial da Saúde

Sociedade Brasileira de Mastologia

Copyright © 2019 Bibliomed, Inc. 06 e fevereiro de 2019