Artigos de saúde
© Equipe editorial Bibliomed
Uma pessoa portadora do vírus da imunodeficiência
humana (HIV) pode se sentir bem e ter uma aparência saudável por muitos anos antes que
ocorra o aparecimento da AIDS. Este período é calculado, no momento, como tendo a média
de dez anos.
Lentamente o HIV enfraquece as defesas do organismo, atingindo o sistema imune, de tal
modo que a pessoa não consiga mais se defender de infecções tais como diarréia,
tumores, pneumonias, e outras. Calcula-se também no momento, que a maioria das pessoas
venham a falecer dentro dos primeiros três anos após o surgimento dos primeiros sinais
da AIDS, a não ser que o paciente seja tratado.
A transmissão da AIDS ainda se dá predominantemente através das relações sexuais, e
principalmente naqueles casos em que a relação ocorreu de maneira desprotegida e com um
parceiro previamente contaminado. Outras maneiras de transmissão do HIV são através das
transfusões de sangue ou de produtos do sangue, pelo uso comum de seringas contaminadas,
e durante a gravidez e no momento do parto e amamentação (de uma mãe contaminada para
seu filho).
A transmissão do HIV por relação sexual oral é possível. Por outro lado, o vírus
não se transmite através do contato diário normal entre as pessoas - não é possível
uma pessoa se contaminar pelo HIV pelo toque em uma pessoa doente, ou pelo contato com
suas roupas.
Um grande problema com a AIDS é que não é possível se reconhecer uma pessoa infectada
pelo vírus na fase inicial - assim, é possível que através de uma relação sexual
desprotegida com esta pessoa ocorra a transmissão do HIV.
Pode-se perguntar então: como posso me proteger da AIDS? A resposta se resume a uma só
palavra - prevenção. Não existe ainda uma vacina contra a doença. Os medicamentos
existentes são capazes de controlar o vírus no organismo, mas requerem um tratamento
continuado, tenho vários efeitos colaterais, e não são capazes de oferecer a cura, e
sim o controle da doença.
A abstinência sexual (ou ausência de relações sexuais) é o modo mais seguro de todos
em relação à prevenção. Por outro lado, existe um bom nível de segurança se os
parceiros sexuais têm uma relação estável, monogâmica, sendo ambos HIV negativos.
Ainda um outro modo recomendado é o sexo sem penetração - muitos homossexuais passaram
a utilizar o sexo oral, mas este mostrou-se recentemente como sendo também perigoso.
Resta a utilização de preservativos, que devem ser considerados obrigatórios na maioria
das relações sexuais com parceiros não fixos. O chamado "sexo casual" é
perigoso; mais perigoso ainda é ter uma relação deste tipo sem o uso de um
preservativo. Este é um modo considerado de alto risco para a infecção pelo HIV.
Deve-se chamar a atenção de que o vírus da AIDS normalmente não é encontrado na
saliva das pessoas; assim é que um beijo não é considerado como sendo de maior risco. A
ocorrência de pequenas lesões na boca pode ser considerada como de risco para a
transmissão do HIV; um pequeno sangramento que ocorra por uma lesão oral, havendo a
passagem de sangue entre as duas pessoas pode levar à passagem do vírus. Mas não se
conseguiu definir até o momento qual a importância do beijo na transmissão do HIV,
tendo os parceiros lesões na cavidade oral.
Quanto ao sexo anal, é amplamente conhecido que o HIV se transmite por esse tipo de
relação mais facilmente do que com o sexo vaginal.
Existem estudos que demonstram que mesmo com o uso de preservativos durante uma relação
anal, pela ausência de secreções naturais lubrificantes no ânus, pode haver uma
laceração no preservativo e ocorrer a contaminação viral. Recomenda-se neste tipo de
relação que a fricção seja evitada com o uso de lubrificação artificial local.
Copyright © 2012 Bibliomed, Inc. Publicado em 01 de dezembro de 2011 Revisado em 03 de dezembro de 2012
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