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Meditação pode ser benéfica para a saúde das células, diz estudo

09 de novembro de 2010 (Bibliomed). A meditação pode trazer benefícios não apenas para a saúde psicológica dos praticantes, mas também pode afetar as pessoas em nível celular, segundo estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Em testes com 60 pessoas, os pesquisadores observaram uma associação entre as mudanças psicológicas ocorridas durante a meditação e uma maior atividade de uma enzima importante para a saúde celular, chamada telomerase.

De acordo com os especialistas, essa enzima age sobre os telômeros - sequências de DNA no final dos cromossomos, que encurtam a cada vez que uma célula se divide. Quando essas estruturas se reduzem demais, a célula não se divide adequadamente e morre - processo associado ao envelhecimento humano. E o papel da telomerase é justamente reduzir esse processo, ajudando a reconstruir e a aumentar os telômeros.

Publicados na revista científica Psychoneuroendocrinology, os resultados indicaram que aqueles que participaram de um retiro de três meses - quando meditavam 6h por dia - apresentaram maiores benefícios em vários aspectos psicológicos, além de maiores níveis de telomerase.  De acordo com os autores, a meditação foi associada à redução do estresse e do neuroticismo - o que estaria ligado à maior longevidade das células de defesa do organismo.

“A mensagem desse trabalho não é que a meditação aumenta diretamente a atividade da telomerase e, então, a saúde e a longevidade das pessoas”, escreveu o pesquisador Clifford Saron. “Ao contrário, a meditação pode melhorar o bem estar e, por sua vez, essas mudanças estão relacionadas à atividade da telomerase em células imunológicas, que tem o potencial de promover a longevidade dessas células. As atividades que aumentam o senso de bem estar de uma pessoa podem ter um profundo efeito sobre a maioria dos aspectos fundamentais de sua fisiologia”, explicou o especialista.

Fonte: Psychoneuroendocrinology. 29 de outubro de 2010.

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