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Norte-Americano Prefere Morrer em Casa, Revela Pesquisa

WASHINGTON (Reuters) - Sete entre dez norte-americanos gostariam de morrer em casa, mas a maioria morre em hospitais, geralmente depois de passar por tratamentos dolorosos em unidades de tratamento intensivo, revela uma pesquisa realizada com adultos no país.

Cerca de três quartos dos norte-americanos morrem em algum tipo de instituição médica e um terço deles passa pelo menos dez dias em unidades de tratamento intensivo, conforme verificou uma pesquisa de opinião realizada em conjunto pela Time Magazine e CNN e divulgada no domingo.

A pesquisa feita pelo telefone com 1.200 adultos verificou que 73 por cento dos norte-americanos prefeririam morrer em casa se pudessem escolher, enquanto 13 por cento escolheriam morrer no hospital.

O número de pessoas que prefere morrer em casa subiu para 80 por cento na hipótese da pessoa saber que vai morrer e que tem seis meses de vida. Nestas circunstâncias, oito em dez norte-americanos disseram preferir passar seus últimos dias em casa recebendo cuidado profissional e medicação em vez de ir para o hospital e receber tratamento padrão.

A pesquisa da Time e CNN verificou que mesmo sendo anunciados como lugares humanos e confortáveis para passar os últimos dias de vida, as casa de saúde para pessoas agonizantes foram citados por apenas 17 por cento de norte-americanos.

Para Sherwin Nuland, professor de clínica no Universidade de Yale, em New Haven (Connecticut), e autor de um livro sobre a morte, os médicos precisam saber o momento de desistir.

"Não podemos derrotar a morte, mas podemos fazer uma campanha contra o sofrimento", escreveu em um comentário que acompanhou o relatório da pesquisa.

"Devemos começar por nos tornar mais dispostos a reconhecer o momento quando nossos esforços servem apenas para piorar uma situação irreversível. Saber que o tempo chegou e precisamos abandonar não o paciente, mas as barricadas onde estivemos tentando lutar contra o inevitável."

A maioria dos adultos norte-americanos entrevistados disse sentir que suas próprias experiências com a morte não foram completamente ruins. Cerca de metade viu um dos pais, amigos próximos ou parentes morrerem.

Entre aqueles cujos pais morreram, 64 por cento informaram que a família ou os amigos estavam na sala com o pai ou a mãe e 87 por cento disseram que a pessoa morreu com dignidade.

Sinopse preparada por Reuters Health

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