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Incontinência urinária afeta qualidade de vida da mulher mesmo quando há melhora da condição, aponta estudo

29 de setembro de 2009 (Bibliomed). A incontinência urinária, perda involuntária de urina que afeta 30% a 50% das mulheres, pode ter um impacto negativo na qualidade de vida das mulheres apesar de a condição melhorar um pouco no decorrer do tempo, segundo estudo apresentado no Encontro Científico Anual da American Urogynecologic Society.

O estudo comparou os registros médicos e entrevistas pessoais com uma pesquisa extensiva sobre incontinência e questionários de qualidade de vida aplicados a 1.414 mulheres com idades entre 40 e 69 anos selecionadas randomicamente. A pesquisa e o questionário foram aplicados em dois períodos – entre 1999 e 2003, e entre 2003 e 2008. E os resultados indicaram que "mulheres que reportavam pior incontinência tinha piores escores correspondentes sobre a pesquisa de qualidade de vida de incontinência". "Mas o mais notável foi que mulheres que relataram melhora na continência não apresentam nenhuma melhora na qualidade de vida específica da incontinência", explicou a pesquisadora Karbo Tam, líder do estudo.

Além disso, os resultados revelaram que as mulheres cuja incontinência se tornou mais frequente entre os dois períodos e que receberam tratamento apresentaram qualidade de vida muito pior do que naquelas que não receberam tratamento. "Isso pode indicar que as mulheres com maior impacto sobre a vida procuraram cuidados médicos para sua incontinência", explicaram os autores.

Segundo os especialistas, os resultados mostram que mesmo quando há uma melhora na incontinência através do tratamento, a condição permanece como um fator significativo na vida da mulher. "Infelizmente, pequenas melhoras na incontinência urinária, enquanto é clinicamente detectável, não melhoram adequadamente a qualidade de vida da mulher", ressaltou a pesquisadora. Por isso, os especialistas recomendam que os médicos rotineiramente questionem as mulheres sobre problemas de bexiga, visto que, apesar de ser mais comum em idade avançada, a condição pode ocorrer, com alguma frequência em mulheres jovens.

Fonte: AUGS 30th Annual Scientific Meeting. Press release. 24 de setembro de 2009.

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