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Maioria das terapias complementares para artrite é ineficaz, diz pesquisa

13 de fevereiro de 2009 (Bibliomed). A maioria das terapias complementares usadas por pessoas com artrite reumatóide – doença inflamatória das articulações – não são eficazes, segundo pesquisadores do grupo britânico Arthritis Research Campaign. A análise da eficácia de mais de 40 tratamentos complementares para a artrite mostrou que dois terços das terapias usadas para combater a artrite reumatóide e um quinto daquelas usadas para tratar a osteoartrite são ineficazes.

Os especialistas acreditam que 60% das pessoas com artrite usam alguma forma de terapia alternativa. Por isso, eles destacam que a mensagem da pesquisa não é para os pacientes pararem de usar esses tratamentos, mas para que busquem e tenham informações sobre a segurança e eficácia dessas terapias.

No estudo, foram avaliados compostos que são ingeridos ou passados na pele. E os pesquisadores avaliaram a eficácia desses tratamentos considerando melhoras na dor, no movimento e no bem-estar geral dos pacientes.

Eficácia e segurança

As análises mostraram que dos 21 tratamentos complementares usados contra a artrite reumatóide, 13 apresentavam pouco ou nenhum efeito. Dentre esses compostos estavam a homeopatia, o óleo de linhaça, colágeno, selênio, diversas ervas e as vitaminas A, C e E. Por outro lado, um óleo de peixe foi bem classificado em relação à eficácia na redução da dor e da rigidez.

Em relação às outras doenças, seis dos 27 tratamentos para osteoartrite foram “reprovados”, incluindo a glicosamina; e o gel de capsaicina, feito com um tipo de pimenta, foi o mais eficaz na redução da dor. Nenhum dos quatro tratamentos para fibromialgia testados mostrou eficácia suficiente.

Avaliando a segurança dos compostos, os pesquisadores deram um “alerta vermelho” para apenas uma dessas terapias – uma erva chinesa. E um quarto deles mereceria atenção dos pacientes por causar alguns efeitos adversos. Por outro lado, 36 não puderam ter sua segurança avaliada por falta de dados.

Segundo o pesquisador Gary Macfarlane, da Universidade de Aberdeen, coisas diferentes funcionam para pessoas diferentes, por isso “é útil também ter evidências cientificas disponíveis e, da mesma forma, é importante saber o quão seguras acreditamos que seja usá-las (as terapias)”. Eles encorajam as pessoas a procurar informações sobre eficácia e segurança das terapias.

Fonte: BBC News. 10 de fevereiro de 2009.

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