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Uso de antiinflamatórios pode causar complicações gastrointestinais

18 de dezembro de 2008 (Bibliomed). O uso de medicamentos antiinflamatórios não-esteróides (NSAIDs – sigla em inglês), como a aspirina, tem se tornado cada vez mais comum em todo o mundo, tanto para o tratamento de algumas doenças – principalmente de dores crônicas e condições reumatológicas – como para prevenção principalmente de problemas cardiovasculares. Porém, segundo especialistas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, essas drogas continuam sendo associadas a problemas gastrointestinais.

Em artigo publicado neste mês na revista científica Therapeutics and Clinical Risk Management, os especialistas destacam os riscos associados a esse tipo de medicamento. “O uso de NSAIDs aumenta o risco de complicações da doença da úlcera péptica de três a cinco vezes. De forma geral, 15% a 35% de todas as complicações da úlcera péptica são reportadamente relacionadas ao uso crônico de NSAIDs”, escreveram os autores.

Eles destacam que, em muitos casos, o uso desses antiinflamatórios é essencial e benéfica, porém deve-se estar atento também para os efeitos adversos. “Enquanto complicações significativas como perfuração, obstrução e hemorragia são relativamente incomuns, sintomas gastrointestinais incluindo náusea, refluxo, dispepsia e dor abdominal são extremamente comuns e podem ocorrer em até 40% dos pacientes tomando NSAID”, ressaltaram.

Por causa dessas complicações, os pesquisadores recomendam que, antes de o paciente iniciar o uso dos antiinflamatórios não-esteróides, deve haver uma avaliação cuidadosa dos fatores de risco para sangramentos e outros sintomas grastrointestinais. E os pacientes que forem considerados em risco, devem receber uma terapia com medicamentos anti-secretores para minimizar o risco de complicações no intestino e no estômago.

“Medicamentos anti-secretores, particularmente inibidores de bomba de prótons, são eficazes no tratamento e prevenção de complicações gastrointestinais relacionadas às drogas antiinflamatórias não-esteróides, incluindo úlcera péptica e dispepsia”, explicaram os autores.

Fonte: Therapeutics and Clinical Risk Management. 11 de dezembro de 2008.

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