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Temperatura da pele prediz o risco de lesões no pé em diabéticos

18 de fevereiro de 2008 (Bibliomed). O diabetes mellitus é uma enfermidade crônica caracterizada pela elevação dos níveis sanguíneos de açúcares. Decorre da deficiência total ou parcial do hormônio insulina produzido naturalmente pelo pâncreas. Quando a doença é mal tratada eleva-se o risco de complicações, como doenças do coração, derrame, alterações na sensibilidade periférica, coma, problemas renais e visuais, dentre outros.

Os distúrbios de sensibilidade periférica condicionam o aparecimento de lesões graves sobretudo nos pés, uma vez que a ausência de dor permite a evolução progressiva da lesão. Pesquisadores norte americanos da Rosalind Franklin University of Medicine and Science publicaram um estudo na revista The American Journal of Medicine, onde avaliaram a efetividade da monitorização da temperatura da pele na diminuição da incidência de úlceras nos membros inferiores de pacientes diabéticos de alto risco.

Os resultados apresentados demonstraram que a monitorização da temperatura cutânea culminou na redução de pelo menos 3 vezes da chance de surgimento de úlceras de extremidades inferiores em comparação à abordagem padrão de acompanhamento. Foi verificado que os pacientes que desenvolveram úlceras durante o seguimento da pesquisa possuíam aumento da temperatura da pele no local da lesão já na semana anterior ao seu aparecimento.

Com isso, os autores concluem que um grande gradiente de temperatura nos pés de indivíduos diabéticos de alto risco é fortemente preditor do aparecimento de úlcera.

Fonte; : Am J Med. 2007; 120 (12): 1042 –1046.

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