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Violência sexual infantil – crime com impactos sobre o comportamento sexual futuro

08 de fevereiro de 2008 (Bibliomed). Muitos estudos demonstram que quem sofre abuso sexual quando criança tem uma maior propensão a desenvolver distúrbios psicológicos e mesmo físicos quando adulto. Inclusive, segundo pesquisadores americanos da Universidade de Rochester, em publicação na revista especializada Archives of Sexual Behavior, a agressão pode ser uma das principais responsáveis pelo surgimento de comportamentos sexuais de risco.

A associação entre abuso sexual infantil e desenvolvimento de comportamentos sexuais de risco é um fato já bem debatido entre os especialistas. Entretanto, a correlação entre o tipo de agressão e o comportamento futuro é algo pouco estudado. Sendo assim, os investigadores entrevistaram pessoas vítimas de violência sexual durante a infância e as dividiram em 3 grupos: 1) cuja violência ocorreu antes dos 13 anos, sendo o agressor pelo menos 5 anos mais velho; 2) agredido entre os 13 e 16 anos e o agressor no mínimo 10 anos mais velho e 3) violentado antes dos 17 anos, sendo utilizada força e coerção.

Aqueles entrevistados que relataram terem sido vitimas de abuso com penetração e/ou força foram os que mais apresentaram comportamento sexual de risco, incluindo um grande número de parceiros e episódios de doenças sexualmente transmissíveis. Quando se analisou os que não sofreram abuso ou que o sofreram, mas sem penetração, pouca ou nenhuma diferença quanto ao comportamento sexual foi observada. Um outro fato que marcou o estudo é que tanto entre homens agredidos a força, quanto entre mulheres, neste último caso independentemente se através de força ou não, a violência com penetração demonstrou ser um fator de risco para a prostituição.

Fonte: Archives of Sexual Behavior; 36 (5): 637 – 645 (2007)

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