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Os paulistanos estão dormindo cada vez menos

19 de dezembro de 2007 (Bibliomed). Entre 1987 e 1995, pesquisadores do Departamento de Psicobiologia da Escola Paulista de Medicina, na Universidade de São Paulo, realizaram um estudo para avaliar quais os principais distúrbios do sono, presentes entre os habitantes da cidade de São Paulo. Os resultados serão publicados na Revista Brasileira de Pesquisas Médicas e Biológicas, em novembro de 2007.

Para esse levantamento, 1000 moradores adultos da cidade de São Paulo, foram entrevistados por meio de questionários próprios, desenvolvidos na Universidade Federal de São Paulo (o UNIFESP Sleep Questionnarie), a respeito da presença de algum distúrbio do sono.

De acordo com os investigadores, os problemas para dormir foram mais freqüentemente reportados pelas mulheres. A maior parte dos entrevistados com esses transtornos, alegou dificuldade para manter ou iniciar o sono, ou apresentar um despertar precoce, pelo menos três vezes por semana. Esses distúrbios apresentaram um aumento relativo em 1995, comparativamente a 1987.

Em se tratando de sono diurno excessivo e ataques de sono, pouca diferença se observou com o passar dos anos, assim como outras queixas associadas, com exceção da síndrome das pernas inquietas, que praticamente dobrou de 1987 para 1995. Mas ao se analisar a insônia, houve um aumento significativo entre a população de São Paulo.

Apesar dos problemas quanto a dormir pouco, de acordo com o questionário aplicado em 1995, os paulistanos passaram ir para a cama e acordar mais tarde. Apenas uma pequena parcela (12%), alegou ter procurado um médico para solucionar o distúrbio do sono e somente 3% afirmaram usar sustâncias para dormir. Entretanto, o aumento da freqüência dos distúrbios do sono está sendo considerado como um problema de saúde pública, devendo ser investigado e tratado de maneira adequada.

Fonte: Revista Brasileira de Pesquisas Médicas e Biológicas; 40 (11): 1505 – 15 (November 2007).

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