Notícias de saúde

Novas descobertas no tratamento marcam Dia Mundial da Luta Contra a AIDS

01 de dezembro de 2007 (Bibliomed). Hoje, dia 1º de dezembro, é celebrado o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS. Apesar da disponibilidade de medicamentos para tratar HIV/AIDS, a epidemia continua. Estima-se que 40 milhões de pessoas atualmente estejam infectadas em todo o mundo e que mais de quatro milhões de novas infecções ocorram anualmente. A AIDS é uma das principais causas de mortalidade relacionada com doenças infecciosas, responsável por aproximadamente três milhões de óbitos a cada ano.

Segundo dados do Programa DST/AIDS foram notificados em 2007 mais de 13 mil novos casos de AIDS no País, entre os quais, 7.684 casos em homens e 5.385 casos em mulheres. Em 2006 foram registrados 9.561 óbitos por AIDS no País.

Novas descobertas científicas vêm sendo realizadas com o objetivo de auxiliar milhares de pessoas na luta e no tratamento adequado da doença. Neste caminho, um novo medicamento, cujo princípio ativo é o raltegravir (Merck Sharp & Dohme - MSD), inaugura uma nova classe de agentes anti-retrovirais investigacionais (denominada inibidores de integrase), que impedem a inserção do DNA viral do HIV no DNA humano. O raltegravir impede que o vírus integre seu material genético nas células humanas, e pertence a uma classe completamente nova denominada inibidores da integrase. Ou seja, trata-se de um novo mecanismo que age inibindo a função da enzima integrase no ciclo de reprodução do vírus e, com isso, bloqueia a capacidade do vírus HIV de se replicar e infectar novas células. Existem medicamentos em uso que inibem outras duas enzimas – protease e transcriptase reversa – mas ainda não existem medicamentos aprovados que inibam a integrase.

Os pacientes com HIV/AIDS utilizam um tratamento chamado de OBT (Optimized Background Therapy ou Terapia Otimizada de Base), uma combinação de algumas drogas, que é conhecida no Brasil como coquetel anti-AIDS. Os pacientes que utilizam a OBT há algum tempo podem criar resistência a algum ou vários dos medicamentos que compõem o coquetel, o que prejudica o tratamento, já que o remédio não surte mais o efeito esperado. Por este motivo, novas drogas são essenciais para que os pacientes consigam continuar combatendo a doença.

O FDA – Food and Drug Administration dos Estados UNidos licenciou o raltegravir em outubro deste ano para o tratamento da infecção pelo HIV em pacientes adultos multi-experimentados. No Brasil, o pedido de registro do medicamento já foi enviado para a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Fonte - Merck & Co., Inc – press release; Sociedade Brasileira de Infectologia.

Copyright © 2007 Bibliomed, Inc.

Faça o seu comentário
Comentários