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Álcool e maconha estão presentes em quase 14% das vitimas de acidentes

24 de setembro de 2007 (Bibliomed). A pesquisa da UNIFESP fez parte de um estudo epidemiológico sobre álcool e traumas da Organização Mundial de Saúde (OMS), realizado em 2001, em departamentos de urgência de 12 países. Nos três meses de coleta de dados, que ocorreram diariamente e por 24 horas, foram incluídos 353 pacientes que deram entrada no pronto-socorro do Hospital São Paulo, devido a trauma não fatal. Além da utilização de um questionário, padronizado pela OMS, o trabalho registrou o auto-relato do consumo de drogas nas últimas 24 horas que antecederam o trauma.

242 pacientes tiveram coletados screenings de urina para detecção de maconha e cocaína no organismo e, 166, para benzodiazepínicos. Já a concentração de álcool no sangue foi avaliada em todos os participantes do estudo, por meio do uso de um bafômetro.

Os resultados apontaram que o uso de substâncias psicoativas nos indivíduos que sofreram trauma é altamente prevalente, sobretudo para o álcool, detectado pelo bafômetro em 11% dos casos; e para a maconha, com 13,6% de positividade no teste de urina. Já a cocaína e os benzodiazepínicos foram menos freqüentes, sendo positivos para 3,3% e 4,2% dos indivíduos, respectivamente.

A associação entre o álcool e outras drogas também foi detectada em quase 8% (27) dos entrevistados, o que aumenta ainda mais os riscos de traumas. Foi identificada a presença de maconha e benzodiazepínicos no organismo de três indivíduos; de maconha e cocaína, em seis; de álcool e benzodiazepínicos, em um; de álcool e cocaína, em cinco; e, de álcool e maconha, em 12.

Durante a entrevista, apenas 9,9% dos indivíduos admitiram ter consumido algum tipo de droga nas 24 horas que antecederam a pesquisa.

Estimativas feitas em 2000 pela OMS apontam que, em diversos países, o custo médio global dos danos por mortes atribuídas ao álcool, relacionadas a traumas, foi de 46%.

Universidade Federal de São Paulo – Unifesp

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