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Sabonete anti-séptico ou comum?

11 de setembro de 2007 (Bibliomed). Os hábitos de higiene são medidas fundamentais para a saúde. Lavar as mãos antes das refeições, após usar o banheiro, trocar as fraldas do bebê ou tratar de animais são exigências mínimas, para quem deseja evitar os riscos de contrair doenças infecciosas. Entretanto, qual o sabão mais adequado, o comum ou aquele com substâncias antibacterianas?

De acordo com um estudo feito por pesquisadores americanos, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan, a resposta é: qualquer um.

A maioria dos produtos de higiene comercializados nos Estados Unidos, que continham em seus rótulos a palavra ‘antibacteriano’, foi analisada pelos investigadores, com exceção àqueles compostos de álcool em gel para mãos. Segundo eles, a maior parte dos sabões que continham em sua composição o triclosan, um antibacteriano, não se demonstrou superior aos sabões comuns na prevenção de doenças infecciosas.

Um outro fato importante, e que de certa forma gerou preocupação aos cientistas, foi a demonstração de estudos em laboratório, sobre a indução de resistência de algumas bactérias contra antibióticos, a exemplo da amoxicilina, quando o triclosan foi utilizado.

A conclusão dos pesquisadores sobre a eficácia do sabão foi alcançada, a partir da análise de famílias que utilizaram por um ano, sabões comuns em comparação ao grupo de famílias que utilizaram sabões compostos com algum agente antibacteriano.

Contudo, um fato observado é que não houve evidências de crescimento de bactérias resistentes, nas mãos das pessoas que utilizaram os sabões com substâncias antibacterianas. Essa constatação levou Brian Sansoni, representante da Associação de Sabões e Detergentes nos Estados Unidos, a criticar os cientistas sobre suas hipóteses.

Apesar das discussões, o FDA (Food and Drug Administration) considerou que não existe comprovação sobre a eficácia de sabões com antibacterianos, na prevenção de doenças infecciosas. Entretanto, nenhuma medida foi estabelecida, até o momento, para a restrição ou estabelecimento de normas, para a elaboração de rótulos adequados ao consumidor.

Fonte: Clinical Infectious Diseases, August 2007; online edition.

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