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Banhos quentes e frios: antigos, mas eficazes para diagnósticos neurovasculares em diabéticos

05 de setembro de 2007 (Bibliomed). O diabetes é uma doença que interfere não somente no metabolismo da glicose, o principal elemento energético do corpo, mas também em outros sistemas do organismo, em especial o cardiovascular, renal e ocular.

Pensando em possíveis métodos diagnósticos de distúrbios vasculares, em diabéticos, pesquisadores americanos da Universidade de Loma Linda, Califórnia, avaliaram um antigo método terapêutico, usado há mais de 2000 anos: os banhos de contraste. Os resultados foram publicados na revista Physiotherapy Theory & Practice, na edição de julho-agosto deste ano.

Segundo os pesquisadores, o uso de banhos quentes e frios é uma terapia creditada como de grande valor, para a melhora do sistema circulatório e foi usado por egípcios e chineses há séculos. Contudo, poucos estudos científicos foram publicados demonstrando a eficácia desse tipo de tratamento.

Curiosos em relação ao tema, os pesquisadores propuseram a análise de 14 pacientes diabéticos tipo 2, que foram comparados com outros 14 indivíduos sadios, quanto aos resultados terapêuticos dos banhos de contraste.

O fluxo sangüíneo da pele foi avaliado em todos os pacientes, após 16 minutos do banho de contraste, realizado em diferentes intervalos: o primeiro, com 3 minutos de água morna e 1 minuto de água fria e o segundo, com 6 minutos de água morna e 2 minutos de água fria.

Para os indivíduos sadios, os banhos de contraste com um intervalo menor, demonstraram um aumento no fluxo sangüíneo, comparativamente àqueles com um período maior. Porém, ao se analisar os pacientes diabéticos, nenhuma alteração estatística foi evidenciada entre os dois banhos (não houve mudança do fluxo de sangue com o banho quente e frio).

Para os autores, o método demonstrou-se eficiente para o diagnóstico de distúrbios neurovasculares, em indivíduos diabéticos, pois, em virtude da doença, há um comprometimento do sistema vascular desses indivíduos, modificando a resposta dos mesmos às alterações de temperatura.

Fonte: Physiotherapy Theory & Practice; 23 (4): 189 – 197 (July - August 2007)

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