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Alergia cutânea e suas repercussões no humor

21 de Agosto de 2007 (Bibliomed). Praticamente, todas as doenças são capazes de influenciar o estado de humor de uma pessoa, deprimindo-o. Dificilmente, um indivíduo consegue manter-se em equilíbrio perfeito enquanto se encontra doente, a não ser que sua doença esteja estabilizada, bem controlada e/ou trazendo repercussões mínimas, não prejudicando suas atividades do dia-a-dia.

Pesquisadores da Universidade de Istambul, na Turquia procuraram confirmar se pacientes com urticária crônica idiopática (um tipo de alergia na qual a pele se apresenta com lesões avermelhadas que coçam, formando placas que podem se espalhar por todo o corpo, mas que não tem uma causa ou agente definido) também estão enquadrados entre aqueles que apresentam uma maior incidência de distúrbios mentais. Procuraram ainda tentar avaliar como esta doença influencia na qualidade de vida.

Os investigadores entrevistaram pacientes com urticária crônica (a maior parte composta por mulheres ( 84%), com idade média de 36 anos, cuja doença perdurava por ± 6, 5 anos), através de um questionário genérico, a fim de avaliar sua qualidade de vida.

Segundo os resultados das entrevistas, os distúrbios mentais estavam presentes em cerca de 60% dos entrevistados, confirmando a hipótese de que a urticária crônica idiopática, assim como outras doenças crônicas, pode levar ao desenvolvimento desses transtornos. A desordem mais freqüentemente verificada foi a depressão (40%). Um fato interessante é que uma imensa maioria dos pacientes (81%), acreditava que sua doença era decorrente do estresse. Portanto, cabe ao especialista estar ciente da possibilidade de problemas mentais associados à urticária crônica idiopática, de maneira a tratar adequadamente o seu paciente, proporcionando um melhora em sua qualidade de vida.

Fonte: Annals of Allergy, Asthma & Immunology; 99 (1): 23 – 33 (July 2007)

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