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Alergia é pior em meninos do que em meninas

22 de fevereiro de 2007 (Bibliomed). A dermatite atópica é uma doença alérgica crônica que afeta a pele. É caracterizada pela presença de lesões que coçam bastante, as quais podem apresentar diversas conformações, como "caroços", crostas, nódulos. A doença apresenta um padrão cíclico, ou seja, existem períodos em que os sintomas estão exacerbados, intercalando-se com fases de melhora do quadro clínico.

As exacerbações da dermatite atópica associam-se com a exposição aos alérgenos, que são substâncias capazes de irritar a pele a ponto de causar uma resposta inflamatória. Os alérgenos podem ser de diversos tipos, sendo os mais comuns a poeira, o mofo, os pêlos e penas de animais, as tintas, os produtos químicos em geral, dentre outros.

Durante a fase de piora dos sintomas, a dermatite atópica representa um incômodo considerável para o doente. As repercussões da doença na qualidade de vida do indivíduo são visíveis, tanto que alterações de comportamento podem estar associadas à dermatite atópica.

Existem poucos estudos que abordam o impacto da dermatite atópica dentre os adolescentes, segundo um grupo de pesquisadores noruegueses que escreveram um estudo na revista British Journal of Dermatology, em Fevereiro de 2007. A pesquisa avaliou as repercussões que a dermatite atópica produz na saúde mental de adolescentes, com idades entre 13 e 19 anos, de ambos os sexos. Também foi verificada a presença de alterações do comportamento em adolescentes portadores de outras doenças crônicas, como a dor de cabeça, dores no ombro e pescoço, asma, alergia e rinite.

Os resultados obtidos demonstraram que a ocorrência de alterações comportamentais, em associação com as doenças crônicas, foi mais comum dentre os adolescentes mais velhos. O grupo que mais apresentou problemas psicológicos foram as meninas, com idade entre 17 e 19 anos.

No entanto, entre os portadores de dermatite atópica, sem associação com outras enfermidades, o risco de ocorrência de distúrbios de comportamento foi maior entre os meninos em relação às meninas.

Assim, os autores concluem que o impacto psíquico, causado pela dermatite atópica, é maior entre os meninos que entre meninas. Recomenda-se uma abordagem correta da doença, a fim de se minimizar tais complicações e melhorar a qualidade de vida dos doentes.

Fonte: British Journal of Dermatology; 56 (2): 283 – 288 (February 2007).

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