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Autocontrole da artrite reumatóide

25 de janeiro de 2007 (Bibliomed). A artrite reumatóide é uma doença crônica, caracterizada pela inflamação das juntas e das estruturas situadas ao redor destas. Apresenta-se com fases de relativa acalmia, intercaladas por estágios de maior atividade da doença, quando os sintomas e o acometimento articular são mais intensos.

A doença pode também se manifestar em outros órgãos, porém isto costuma ocorrer em fases mais tardias. O controle da artrite reumatóide geralmente exige cuidados multidisciplinares, ou seja, profissionais de diversas especialidades devem assistir ao doente, a fim de que este obtenha melhores resultados terapêuticos e tenha menor número de deformações articulares e de incapacidades.

Como a atrite reumatóide acompanha o indivíduo durante longos períodos, o doente passa a ser capaz de identificar as fases de maior atividade da doença. Trata-se de aspecto importante, uma vez que mediante piora da inflamação, quanto mais rápido for introduzido o tratamento, melhores serão os resultados obtidos.

Com o objetivo de testar esta capacidade de percepção da evolução da artrite reumatóide, pelo próprio doente, um grupo de pesquisadores publicou um estudo na revista The Journal of Rheumatology, de janeiro de 2007. O trabalho contou com a colaboração de 88 voluntários, portadores de artrite reumatóide, os quais foram acompanhados por um período de três meses.

Foi verificado que a capacidade do doente, em identificar quais juntas estavam mais doloridas, e conseqüentemente com maior inflamação, foi similar à obtida na avaliação médica. A identificação do inchaço articular pelo médico também foi parecida a percepção do doente, porém não com o mesmo grau de semelhança da primeira situação.

Também foi encontrada similaridade entre a avaliação médica e a percepção do doente quanto à mudança do padrão de atividade da artrite reumatóide, após três meses da primeira avaliação.

Com isso, conclui-se que a análise da efetividade do tratamento instituído para a artrite reumatóide, pode também ser medida pela percepção do doente, quanto às modificações nos sintomas articulares que este apresenta. Assim, o doente torna-se ativo, tanto na escolha da melhor forma de abordar a doença, quanto nas eventuais mudanças no curso do tratamento.

Fonte: J Rheumatol, January 2007; 34: 54 – 6.

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