Notícias de saúde
20 de dezembro de 2006 (Bibliomed).
Mulheres jovens, portadoras de câncer de mama, são freqüentemente
orientadas a aguardar por aproximadamente dois anos, após o tratamento, para
poderem engravidar. Porém, um novo estudo indica que esta espera poderia não ser
necessária, para aquelas que tivessem uma boa chance de sobreviver à doença.
A pesquisa, publicada na edição on-line da revista British Medical Journal, no
dia 8 de dezembro de 2006, e realizada na Universidade da Western, Austrália,
avaliou o momento da gravidez e a sobrevida entre 123 mulheres, com idades entre
15 e 44 anos, e que tiveram pelo menos uma gravidez, que se seguiu ao
diagnóstico de câncer de mama. Metade das mulheres concebeu no intervalo de dois
anos, após o diagnóstico do câncer de mama.
Comparadas com sobreviventes ao câncer, que não haviam engravidado, aquelas que
conceberam seis meses ou mais após receberem o diagnostico da neoplasia,
aparentemente tiveram uma leve vantagem na sobrevida. Esta vantagem, porém, não
significou que a gravidez tivesse um impacto direto em sua sobrevida. Os
pesquisadores acreditam que, ao invés disso, as mulheres com melhores condições
de saúde após o tratamento do câncer de mama, tiveram uma maior probabilidade de
vir a engravidar, do que as mulheres que estavam mais adoentadas.
Como o número de pacientes avaliadas nesta pesquisa foi pequeno, serão
necessários mais estudos, para confirmar ou não os resultados obtidos.
Fonte: British Medical Journal. doi:10.1136/bmj.39035.667176.55 (published 8
December 2006)
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