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Estudo nos EUA de Paciente com Artrite Mostra Falha no Cuidado

CHICAGO (Reuters) - Não há exames médicos suficientes para condições potencialmente fatais como diabete e hemorragias internas que podem ocorrer em pacientes com artrite reumatóide. A informação é de um estudo sobre a qualidade dos cuidados médicos, divulgado esta semana e publicado na última edição do Journal of the American Medical Association.

"A qualidade dos tratamentos para pacientes com artrite reumatóide está longe das orientações recomendadas", escreveu Catherine MacLean, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

A pesquisa avaliou a função dos clínicos gerais e dos especialistas no tratamento de condições complexas. Ao verificar dados das empresas norte-americanas de seguro saúde sobre 1.355 adultos diagnosticados com artrite reumatóide, descobriu que apenas 57 por cento receberam cuidados recomendados e testes para artrite e outras doenças.

Artrite reumatóide é uma doença incapacitante, mas não fatal, que afeta cerca de 2,1 milhões de norte-americanos, cerca de 1 por cento da população, na maioria mulheres.

Quem possui a doença apresenta risco maior de outras enfermidades como diabete adquirida por adultos e sangramentos gastrointestinais, encurtando a vida em períodos que variam entre cinco e 15 anos.

Pensava-se que a enfermidade crônica era uma doença autoimune onde o sistema de combate à infecções ataca o próprio corpo, neste caso articulações que se tornam inchadas e rígidas. Entretanto, pesquisadores da Clínica Mayo afirmaram em um relato publicado recentemente que pacientes com artrite reumatóide tiveram enfraquecimento do sistema imunológico.

Ainda assim muitas drogas contra artrite atacam o sistema de defesa, podendo ser um dos fatores que deixam os pacientes mais suscetíveis a outras doenças.

O estudo da Universidade da Califórnia verificou que a maioria dos pacientes que procuraram um especialista como endocrinologista para diabete, frequentemente teve a recomendação de fazer exames de sangue e nos olhos.

Mas quem procurou apenas um clínico de cuidados primários e não um especialista raramente recebeu recomendação para esses exames. "Modelos de cuidados médicos que usam clínicos de atenção primária como supervisor para todo o tratamento podem não ser o melhor para pacientes com artrite reumatóide se os clínicos restringirem o acesso aos cuidados de especialistas", escreveu MacLean.

Sinopse preparada por Reuters Health

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