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Droga Poderá Deter Artrite Reumatóide

LONDRES (Reuters) - Cientistas britânicos desenvolveram um novo tratamento radical contra a artrite reumatóide que poderá deter a enfermidade por meio do uso de uma droga, capaz de matar as células do sistema imune, produzida pelo laboratório de biotecnologia dos EUA Genentech Inc.

A artrite reumatóide é uma doença auto-imune em que o próprio organismo ataca as articulações e tecidos saudáveis.

A equipe de pesquisadores da University College de Londres (UCL) vai apresentar o trabalho durante a conferência do American College of Rheumatology, na Filadélfia. Um resumo das conclusões foi publicado no site http://www.rheumatology.org.

Os testes da UCL foram financiados por uma doação de 50 mil libras da gigante suíça de medicamentos Roche, que tem os direitos europeus sobre a droga baseada em anticorpos monoclonais rituximab, atualmente vendida como Rituxan e no Brasil, como MabThera para tratamento de linfoma Não Hodgkins.

A equipe tratou cinco pacientes que sofriam de artrite reumatóide há 22 anos, em média, e para os quais pelo menos cinco drogas existentes falharam.

Depois de 17 meses, três pacientes mostraram uma dramática melhora, dois outros tiveram uma recaída, mas o tratamento obteve sucesso depois de um segundo período com rituximab.

Um teste formal controlado, testando a droga em comparação a um remédio inativo ou placebo, será feito futuramente.

A nova descoberta está baseada no papel das células-B, células brancas do sangue que defendem o corpo contra vírus e bactérias produzindo anticorpos contra os invasores.

As células-B podem produzir anticorpos que atacam tecidos saudáveis e alguns destes anticorpos errantes também disparam a produção de suas próprias cópias. O resultado pode ser ataque auto-sustentável contra as articulações, o que ocorre em pessoas com artrite reumatóide.

O corpo responde à destruição de suas células-B produzindo novas células do mesmo tipo.

O tratamento destrói as células-B, que o organismo repõe depois de algum tempo. A equipe da UCL acredita que as chances sejam pequenas de que as novas células-B façam o mesmo erro de suas antecessoras e provoquem a volta da artrite reumatóide.

Sinopse preparada por Reuters Health

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