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Epidemia de cólera em Angola foi desastre anunciado

08 de junho de 2006 (Bibliomed). O estado desastroso dos suprimentos de água e da infra-estrutura sanitária, em Luanda e outras grandes cidades da África, são as principais razões para a expansão rápida da epidemia de cólera em Angola. Até 14 de maio de 2006, mais de 34.000 pessoas tinham adoecido (17.500 apenas em Luanda), com cólera sendo que mais de 1.200 morreram.

Segundo a organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF), a epidemia de cólera em Angola era um "desastre esperado para se tornar realidade". A população de Luanda dobrou nos últimos 10 anos, e a maioria deste crescimento se concentra em ruas sujas, onde as condições de vida são muito ruins.

Segundo os MSF, apesar do crescimento econômico do país, devido à exploração de petróleo e diamantes, não houve virtualmente nenhum investimento em serviços básicos desde os anos setenta e só uma minoria privilegiada das pessoas, que vive em Luanda, tenha acesso à água corrente.

Desde fevereiro de 2006, Luanda está passando por sua pior epidemia de cólera, com uma média de 500 novos casos por dia. A epidemia também se espalhou rapidamente para outras províncias e, até o momento, 11 das 18 províncias estão relatando novos casos.

O documento dos MSF pode ser lido na Internet no endereço http://www.msf.org/source/countries/africa/angola/2006/cholera_briefpaper.doc .

Fonte: Médicos Sem Fronteiras - Why the cholera epidemic in Luanda (Angola) was a disaster waiting to happen – May 2006.

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