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Artistas com Artrite Reumatóide Criam Beleza em Meio a Dor

Por Alan Mozes

NOVA YORK (Reuters Health) - Pintores conhecidos mundialmente como Pierre-Auguste Renoir e Raoul Dufy produziram a maioria das suas obras de arte enquanto sofriam os efeitos dolorosos e mutilantes da artrite reumatóide (AR), apontou um pesquisador em palestra organizada pela Arthritis Foundation, na Indiana Historical Society (Sociedade Histórica de Indiana) em Indianapolis.

"A menos que observe uma pintura de Renoir com raio X e cortes tridimensionais, é muito difícil dizer que há qualquer diferença entre o trabalho feito antes e depois da artrite. Isto realmente ilustra que pacientes com artrite reumatóide podem fazer muitas coisas mas precisam tempo para faze-las", disse James S. Louie, chefe do departamento de reumatologia no Centro Médico de Torrance e professor de medicina na Harbor-University da Califórnia, em Los Angeles, na semana passada.

Por mais de 20 anos, Louie tem feito palestras nos Estados Unidos sobre as experiências históricas da maioria dos artistas -- como Peter Paul Rubens, Paul Klee, Grandma Moses e Henri Toulouse-Lautrec -- que continuaram a viver e trabalhar enquanto sofriam de artrite reumatóide ou outras doenças que afetam ossos e articulações. A artrite reumatóide é uma desordem auto-imune crônica que ocorre quando o sistema imunológico ataca os tecidos que revestem as articulações resultando em dor, inflamação, deformidade e, às vezes, incapacidade permanente.

Estima-se que a doença afete mais de 2 milhões de norte-americanos sendo que 70 por cento são mulheres de meia-idade. Em uma entrevista à Reuters Health, Louie informou que as drogas introduzidas nos últimos anos podem ajudar o controle da doença e prevenir as deformidades nas articulações que ocorrem em estágios mais avançados. Pacientes com artrite reumatóide como Renoir tinham que suportar dor extrema - fazendo suas realizações ainda mais exemplares e notáveis.

"Exceto para olhos refinados, realmente não se pode notar qualquer diferença nas pinceladas de Renoir e seu trabalho e o fato inspirador é que ele fez isto a despeito da dor e da deformidade - sendo realmente uma história incrível para retratar", disse Louie.

Ele notou que além do suporte emocional que as histórias podem dar a pacientes com artrite reumatóide, agora há novas drogas que superam em muito as escolhas de tratamento enfrentadas por Renoir.

Sinopse preparada por Reuters Health

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