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InCor Inaugura Novo Bloco de R$ 95 Milhões

SÃO PAULO (Reuters) - Um novo bloco do Instituto do Coração (InCor) de São Paulo, com sete salas de cirurgias e 120 leitos, será inaugurado oficialmente no sábado. O projeto, que recebeu um investimento de 95 milhões de reais, deverá entrar em funcionamento no mês que vem.

Com o novo bloco, além de aumentar o atendimento a pacientes, será aprimorada a capacidade de pesquisa, especialmente nas áreas de biologia molecular, biologia vascular, engenharia biomédica, imunologia e pneumologia.

"O Bloco 2 é um marco do próximo século, que engloba pesquisa e assistência médica em nova dimensão. É a inauguração de uma nova filosofia para que consigamos manter a atitude de hospital público de apoio à comunidade", disse o diretor-geral do InCor, José Antônio Franchini Ramires.

A nova ala de 17 andares e 45 mil metros quadrados, localizada ao lado do primeiro edifício do instituto, recebeu um investimento de 40 milhões de reais da Fundação Zerbini e 55 milhões de reais em empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Com a ampliação, segundo explicou Ramires, deve haver um aumento de 50 por cento a 60 por cento no número de internações.

Em 1999 o InCor, ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), registrou 10.626 internações. A previsão é de que, com o novo bloco e algumas reformas no prédio antigo, todo o conjunto chegue a 17 mil internações ao ano.

A prática de atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em maior número deve ser mantida. "Historicamente o InCor tem atendido 75 por cento de pacientes do SUS e 25 por cento privado lato sensu (particular e de planos de saúde) e essa proporção deve permanecer", afirmou Ramires.

A construção do novo bloco foi iniciada em 1985 e representa a maior ampliação do instituto em 25 anos de atividade.

Medicina à Distância

Entre 1997 e 1999 o instituto investiu mais de 4 milhões de reais em pesquisas tecnológicas, usadas para a implantação de suporte administrativo e no desenvolvimento de projetos para transmissão de imagens e outras informações.

Esses passos vão permitir que o InCor aplique o desenvolvimento de ações de telemedicina na Internet 2, que possibilitará a transmissão de diversas informações, como imagens, exames médicos e outros dados sobre os pacientes pela rede.

"Hoje os dados médicos de um paciente já estão disponíveis, mas apenas na nossa Intranet. Na primeira fase da Internet 2, as informações (de pacientes) poderão ser acessadas apenas pelo InCor", explicou Ramires.

Com o sistema, um médico vai poder acompanhar à distância um exame que está sendo feito por seu paciente no InCor.

No futuro familiares de pacientes credenciados, e usando uma senha fornecida pelo hospital, poderão ter acesso a exames e dados do pessoa internada via Internet. Esse acesso deve ser possível a partir do segundo semestre do próximo ano, disse Ramires.

Sinopse preparada por Reuters Health

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