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Gestantes Terão Acesso a Testes para Aids e Sífilis

SÃO PAULO (Reuters) - As mulheres grávidas brasileiras poderão fazer um teste para verificar se estão infectadas por HIV ou sífilis e, caso seja identificada a infecção, deverão ser tratadas para diminuir o risco de transmitir as doenças para os bebês durante o parto.

A informação foi divulgada na segunda-feira pelo Ministério da Saúde, responsável pela distribuição dos testes para os órgãos estaduais e municipais de saúde. O Ministério informou que a distribuição iniciada na segunda-feira será feita até o final do ano e envolve 600 mil testes.

Conforme a assessoria de imprensa do ministério, o resultado do teste pode ser obtido em 15 minutos e não exige laboratório para ser realizado.

As mulheres identificadas como portadoras do HIV devem receber AZT durante o parto e as crianças serão tratadas até completar 6 semanas de vida. A estimativa do governo é que o tratamento reduza em 50 por cento as chances do recém-nascido ser infectado.

No caso de sífilis, o tratamento administrado à mãe consiste em três doses de penicilina que custa em média 2 reais e evita a forma congênita da doença que pode levar desde malformação até a morte da criança.

"Ainda é grande o número de mulheres que não faz teste de sífilis ou Aids no pré-natal ou que não consegue receber os resultados a tempo. Os testes rápidos funcionam como uma boa alternativa para garantir o acesso ao tratamento que, na prática, é uma prevenção", explicou Paulo Teixeira, coordenador nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids.

Conforme o Ministério da Saúde, os testes convencionais podem levar de 15 dias a três meses para terem resultado, dependendo do serviço e do acesso ao laboratório que faz a análise, mas custam a metade do valor dos exames rápidos e são duas vezes mais caros que os convencionais.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério, o órgão pagou 5,40 reais por unidade de teste, quase o triplo do valor pago pelo governo na última compra do teste chamado Elisa, utilizado na primeira fase do exame convencional.

"O teste rápido deve ser visto como um recurso de urgência e usado como paliativo. O ideal é pedir o teste convencional na primeira consulta do pré-natal", disse Paulo Teixeira.

O ministério estima que são feitos 3 milhões de partos por ano no Brasil e existam cerca de 13 mil gestantes infectadas pelo HIV e cerca de 3,5 por cento de grávidas infectadas pela sífilis.

Sinopse preparada por Reuters Health

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