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Brasil registra quase 10 mil novos casos de Aids em 2002

16 de Maio de 2003 (Bibliomed). A Coordenação Nacional de DST/Aids divulgou esta semana os números da Aids no Brasil. Em 2002, foram notificando 9.495 novos casos da epidemia no Brasil, sendo 6.031 em homens e 3.464 em mulheres. O total de casos acumulados desde 1980 foi de 257.780, sendo 185.061 em homens e 72.719 em mulheres.

Segundo o levantamento, a epidemia mantém-se estável em todas as faixas etárias, numa relação aproximada de dois casos em homens para cada caso em mulher. Entretanto, na faixa etária entre 13 e 19 anos, o Ministério da Saúde continua recebendo mais notificações de casos de Aids em adolescentes do sexo feminino do que do sexo masculino, o que poderia ser explicado pelo início precoce da atividade sexual das meninas em relação aos meninos, e normalmente com homens com maior experiência sexual e mais expostos aos riscos de contaminação por DST, que as estimulam a tomar anticoncepcional para evitar a gravidez, mas não a usar preservativo.

Nessa faixa entre 13 e 19 anos, os casos de Aids em meninos representam 1,9% do total de notificações em homens e, nas meninas, 2,9% do total de notificações em mulheres. Em 1999, foram notificados 205 casos em meninos e 222 em meninas. Em 2000, foram 172 em meninos e 231 em meninas; em 2001, foram 134 em meninos e 227 em meninas; e em 2002, 66 em meninos e 73 meninas. Nas duas faixas etárias subseqüentes, de 20 a 24 anos e de 25 a 29 anos, também há indícios de tendência de inversão.

O relatório também mostrou que, entre os homens, as relações sexuais respondem por 58% dos casos de Aids, com maior prevalência nas relações heterossexuais (25%), seguido pelas relações homossexuais (21,7%) e bissexuais (11,4%). A segunda maior forma de transmissão da Aids entre os homens é o uso de drogas injetáveis (23,4%). Entre as mulheres, a transmissão do HIV acontece predominantemente pela via sexual (86,2%), seguida pelo uso de droga injetável (12,4%). As demais formas de transmissão em ambos os sexos são transfusão, transmissão materno-infantil ou ignoradas pelos pacientes.

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