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Endarterectomia carotídea tem resultados semelhantes nos dois sexos

09 de maio de 2003 (Bibliomed). A aterosclerose cerebral é a doença vascular mais freqüente no sistema nervoso central, sendo uma das principais causas de infarto cerebral e da demência de origem vascular. Outra conseqüência é o acidente vascular cerebral isquêmico transitório (AIT), provocado por êmbolos originados de placas ateroscleróticas nas artérias carótidas.

A aterosclerose cerebral é mais grave quando associada à hipertensão arterial, diabetes, hiperlipidemia e tabagismo. A endartectomia de carótida (retirada das placas de gordura) suplementada por outros tipos de tratamento é altamente efetiva na prevenção de acidente vascular cerebral (AVC) e morte em pacientes com sintomas de estenose carotídea. Este tratamento pode ser utilizado também como profilaxia em pacientes sem sintomas de estenose (estreitamento da artéria). Além disso, a endartectomia pode ser indicada como procedimento de emergência em pacientes com déficit neurológico recente, com estenose carotídea significante; mas não é indicada em AVC agudo ou progressivo, ou na presença de doença vascular intracraniana grave.

A literatura existente provê evidências contraditórias acerca dos riscos cirúrgicos da endarterectomia de carótida em mulheres comparados com a mesma cirurgia nos homens. Pesquisadores canadenses usaram dados de um grande registro de cirurgias de carótidas para determinar se as diferenças de sexo existem no risco de complicações per-operatórias neste tipo de cirurgia. No estudo, publicado na revista Stroke deste mês de 6.038 pacientes operados (35% dos quais eram mulheres), não ocorreu diferença estatística entre os resultados obtidos na cirurgia, entre os dois sexos.

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