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Deficiência de magnésio é comum em praticantes de musculação

13 de Fevereiro de 2003 (Bibliomed). É comum observar entre os praticantes de musculação uma preocupação grande com a quantidade de proteínas ingeridas e, por outro lado, um desleixo com a absorção de outros nutrientes, como o magnésio, que atua nas funções neuromuscular, cardiovascular, imunológica e hormonal, além de estar relacionado com a geração e a utilização de energia tanto nas atividades aeróbicas quanto anaeróbicas.

Em sua dissertação de mestrado “Magnésio na dieta de praticantes de musculação”, defendida recentemente na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, a farmacêutica Aline Guimarães Amorim explica que a falta do magnésio pode ocasionar anorexia, sonolência, cãibras musculares, irritabilidade, capacidade de atenção diminuída, fraqueza, náuseas, vômitos e confusão mental.

A pesquisadora analisou um grupo de pessoas que faz musculação pelo menos três vezes por semana durante 45 minutos e observou que apenas um terço dos entrevistados possuem uma probabilidade de mais de 70% de ingestão habitual de magnésio adequada. Aline observou que entre os praticantes de musculação há um grande consumo de leite, ovos, frango e banana, por causa da quantidade de proteína presentes nesses alimentos. Também existem outras fontes de magnésio na dieta desses atletas, como cereais, tubérculos e verduras, mas mesmo assim o consumo do nutriente é insuficiente em relação à perda. “Apesar de consumirem alimentos com maior quantidade de magnésio que a população em geral, o número de pessoas com ingestão insuficiente da substância entre os dois grupos é a mesma”, disse, explicando que os atletas em geral têm uma tendência a apresentar perdas elevadas de magnésio através da urina e do suor, principalmente em períodos de treinamento intenso.

Diante dos resultados do trabalho, Aline ressaltou a importância dos atletas buscarem um acompanhamento nutricional adequado e aumentarem o consumo de alimentos que contém magnésio – vegetais com folhas verde-escuras, oleaginosas, cereais integrais e frutas secas, além de leite e carnes.