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Países ricos têm a maior prevalência de câncer na Europa

10 de Janeiro de 2003 (Bibliomed). Uma pesquisa publicada na revista médica Annals of Oncology mostra que os países com as menores taxas de mortalidade infantil e o maior Produto Interno Bruto (PIB), como Suécia, Alemanha e Suíça tendem a apresentar taxas mais elevadas de câncer, enquanto que as nações mais pobres, como Polônia, Eslovênia e Eslováquia registram os menores índices do continente. Segundo o estudo, a alta predominância da doença em nações mais ricas está associada, ao menos em parte, ao melhor diagnóstico e a taxas de sobrevivência mais elevadas. Por outro lado, o índice baixo está ligado a uma menor incidência do câncer, mas também a taxas altas de mortalidade.

De acordo com o professor da Escola de Higiene de Londres, Michel Coleman, “o estudo mostra pela primeira vez que a prevalência do câncer depende do país”, acrescentando que os dados indicam que cerca de 2% da população européia sobreviveu à doença. Para a médica da Unidade de Inteligência de Câncer da Escócia, Diane Stockton, a pesquisa demonstra que quase metade das pessoas sobreviveu por mais de cinco anos depois de diagnosticada a doença.

Para chegar a esses resultados, a pesquisa analisou os registros de 38 tipos de câncer, de três milhões de pessoas, em 17 países. As informações são importantes para o planejamento de saúde, já que mostram um aumento da enfermidade em algumas regiões e podem ser utilizadas nas campanhas de prevenção. Segundo Coleman, as campanhas são a melhor estratégia para reduzir a incidência da doença.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), divulgados em 2002, revelam que mais de 300 mil casos são registrados no Brasil todos os anos e que a doença é a terceira maior causa de mortes no país, perdendo apenas para os problemas cardiovasculares e as causas externas, como acidentes de trânsito e violência. Segundo o INCA, a doença já atinge cerca de 165 mil homens e aproximadamente 171 mil mulheres em todo o país.

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