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Estudo reforça ação da aspirina contra câncer de ovário

08 de Outubro de 2002 (Bibliomed). Um novo estudo reforçou a teoria de que a aspirina reduz o risco da mulher desenvolver câncer de ovário. A criação de drogas que podem prevenir o câncer de ovário é especialmente importante, pois a maioria das mulheres que têm a doença não apresenta nenhum ou poucos sintomas e o tumor é diagnosticado em estágio avançado, ressaltaram as pesquisadoras Janet G. Drake e Jeanne L. Becker, da Escola de Medicina da Universidade de South Florida, em Tampa, na edição de outubro da revista Obstetrics & Gynecology.

Nesse último estudo, as células de câncer de ovário foram expostas a diferentes concentrações de aspirina. As pesquisadoras verificaram que uma dose baixa do medicamento (1 milimol/litro) praticamente não bloqueou a disseminação das células cancerosas. Já uma dose cinco vezes maior foi capaz de inibir o crescimento das células tumorais em 68%.

As pesquisadoras descobriram, ainda, que tratar as células com a maior dose de aspirina diminuiu a menos de um quarto o nível original da HER-2/neu – proteína encontrada, às vezes, em quantidades muito grandes nas células de câncer de ovário, mama e endométrio. Além disso, o acréscimo de uma terapia que bloqueia a ação do receptor da HER-2/neu reduziu o crescimento da célula tumoral em 82%. Altos níveis da proteína no tecido de câncer de mama podem indicar um prognóstico ruim, mas ainda não se conhece o papel da HER-2/neu no câncer de ovário.

O mecanismo pelo qual a aspirina inibe o crescimento das células de câncer de ovário é desconhecido, mas a droga pode bloquear a disseminação da doença ao reduzir a ciclooxigenase, enzima normalmente presente em altos níveis em alguns tipos de câncer, como cólon, mama e estômago.

Estudos anteriores já haviam demonstrado a eficiência da aspirina contra esses tipos de câncer.

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