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Código de barras é nova arma contra troca de bebê em clínicas de fertilização

17 de Julho de 2002 (Bibliomed). Uma nova tecnologia pode acabar com o risco de troca de bebês no processo de fertilização "in vitro" (FIV). É o sistema de código de barras EmbryoGuard, apresentado na última semana por uma companhia israelense de biotecnologia, IMT, ao mesmo tempo em que a Grã-Bretanha e o mundo se alarmavam com o anúncio de que um casal branco que se submeteu ao tratamento teve gêmeos negros.

O novo sistema garante que o espermatozóide só encontre o óvulo depois de confirmar que as duas células pertencem aos pacientes certos. Da mesma forma, os embriões cultivados serão transferidos à paciente somente depois que o EmbryoGuard combinar com sucesso a identidade do embrião e a da paciente. A empresa israelense explicou que os dois parceiros envolvidos são reconhecidos por um código especificado, assim como os espermatozóides, óvulos e embriões fertilizados, e que quando a combinação correta não é identificada, o sistema interrompe automaticamente o processo de fertilização. A companhia espera obter as aprovações européia e norte-americana nos próximos nove meses.

Atualmente, as análises são feitas através de codificação por cor das amostras e, para diminuir os riscos, dois especialistas ficam presentes a cada estágio do processo. Mas, esse sistema é passível de erros. Tanto um espermatozóide errado pode ser usado para fertilizar um óvulo correto, como um espermatozóide certo pode ser usado para fertilizar um óvulo errado, como também um embrião implantado em uma mulher pode ter sido produzido por outro casal.

Apesar de raros, os casos de troca de bebês no processo de fertilização existem. O caso mais recente, do casal britânico branco que descobriu a troca depois que os gêmeos nasceram negros, será julgado em setembro. A Corte decidirá quem deve ser considerado pai e mãe dos bebês, quais são os direitos das crianças e quem será responsabilizado pelo erro.

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