Notícias de saúde

Pernilongos infernizam vida dos cariocas

Belo Horizonte, 20 de Dezembro de 2001 (Bibliomed). Os moradores de diversos bairros no Rio de Janeiro estão sofrendo com a proliferação da fêmea do Culex quinquefasciatus, nome científico do popular pernilongo.

Atrás de sangue, o pernilongo tem tumultuado a noite dos moradores dos bairros Recreio, Barra, Tijuca, Botafogo e Campo Grande. A reprodução do pernilongo, que deve se acentuar no verão, tem ocorrido principalmente no bairro Recreio, onde há a retenção da água oriunda do lançamento de esgoto irregular. Um levantamento mostrou que cada domicílio tem, em média, 20 pernilongos. O número considerado tolerável, no entanto, é de apenas três.

A chegada do verão traz também a ameaça de um outro inseto: o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. No Rio de Janeiro, as perspectivas para a estação não são positivas.

O Estado já registrou 32 pessoas infectadas com o vírus tipo 3, o que representa a possibilidade de uma nova epidemia, já que parte da população está imune apenas aos vírus do tipo 1 e 2. Para impedir a explosão no número de casos, as secretarias estaduais e municipais estão investindo em carros, treinamento e equipamento.

Em nível municipal, o maior desafio é driblar a falta de agentes de combate. Na capital, só há agentes em número suficiente para visitar 40% dos prédios da cidade. No restante dos domicílios, a orientação e o uso dos larvicidas não chegam.

Uma das expectativas é a de contratar, ainda este mês, os agentes necessários para a intensificação da campanha no início do ano. Em 1990, a chegada do vírus 2 ao Rio de Janeiro provocou uma epidemia no ano seguinte, quando foram registrados 52 mil casos.

Os técnicos temem que uma epidemia se repita em 2002. Outra preocupação é que os casos de dengue hemorrágica se multipliquem. Em 2001, 12 pessoas morreram no Estado, vítimas da forma mais agressiva da doença. Este ano, o Estado registrou 70 mil casos de dengue, contra apenas 4,2 mil no ano passado.

Copyright © 2001 Bibliomed, Inc.

Faça o seu comentário
Comentários