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SUS decidirá que tratamento adotar contra o fumo

Belo Horizonte, 12 de Novembro de 2001 (Bibliomed). O Instituto Nacional do Câncer (Inca) está aceitando voluntários do Rio de Janeiro para a realização de um estudo inédito no País.

Trata-se da primeira pesquisa brasileira sobre tratamentos que envolvem a dependência química do cigarro. O objetivo é verificar qual é o método mais eficiente no combate ao fumo e, conseqüentemente, definir qual o tipo de tratamento que deverá ser adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O uso de técnicas de convencimento psicológico dos fumantes, combinado ou não com a aplicação de adesivos de nicotina será testado, durante um ano, por 1.500 voluntários. Cerca de 750 deles receberão apenas sessões de tratamento psicológico e os outros 750, a mistura de terapia com os adesivos.

Embora o Brasil não possua estatísticas recentes sobre o problema, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% dos casos de câncer de pulmão estão associados ao fumo. Atualmente, existem no País cerca de 30 milhões de fumantes. O que o governo brasileiro quer fazer é diminuir os riscos de que a população desenvolva a doença, fazendo com que os fumantes abandonem o vício.

Para isso, o Inca quer apurar com precisão a eficácia da combinação dos dois tratamentos. A pesquisa custará cara devido ao alto preço do adesivo, algo em torno de R$ 140,00 por mês por paciente. Para evitar desperdícios, é preciso saber se o adesivo é mais eficaz que as sessões.

Segundo Cristina Perez, chefe do Núcleo de Estudos Clínicos da Dependência da Nicotina, esse tratamento significa mais gastos públicos e, por isso, é preciso ter certeza sobre a eficácia do tratamento.

Nos Estados Unidos já foi realizada uma pesquisa semelhante e nela constatou-se a eficácia da combinação dos dois tratamentos.

Para participar do estudo, o voluntário tem que fumar pelo menos cinco cigarros por dia, ter idade entre 18 e 49 anos e não sofrer de nenhuma doença crônica.

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