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Mapeamento genético de peixe pode ajudar a decifrar funções de DNA humano

Belo Horizonte, 02 de Novembro de 2001 (Bibliomed). O consórcio internacional formado por equipes do Instituto Genoma dos Estados Unidos, do Instituto de Biologia Celular e Molecular de Cingapura e do Centro de Mapeamento Genético de Cambridge, na Grã-Bretanha, concluíram o mapeamento genético do peixe Fugu rubripes, usado na culinária japonesa e que tem características parecidas às do baiacu.

Uma surpresa deixou estarrecidas as equipes. A constituição genética do ser humano é surpreendentemente parecida com a do Fugu rubripes. O trabalho de codificação genética demorou cerca de um ano e poderá auxiliar no desenvolvimento de medicamentos para humanos e tratamento de doenças genéticas.

Os pesquisadores acreditam que o seqüenciamento será útil para os cientistas que trabalham no Projeto Genoma Humano. A intenção das equipes do consórcio é desenvolver técnicas que permitam o corpo humano se regenerar. Segundo os pesquisadores, a melhor forma de se conhecer a constituição genética do ser humano é compará-la aos de outros organismos.

Uma curiosidade apontada pelas equipes envolvidas no Projeto de Genoma Humano é que grande parte do DNA humano é composta por seqüências repetitivas que não têm uma função clara, sendo dificilmente aproveitadas por pesquisas científicas.

Ao comparar a seqüência genética do peixe, os pesquisadores poderão apontar no mapeamento genético humano o que deve ser considerado fonte de informação para pesquisa e o que deve ser considerado como “DNA lixo”.

Não existe por parte dos pesquisadores uma explicação lógica sobre a semelhança entre os genes de espécies tão diferenciadas. Mas sabe-se que o material genético de todos os organismos sofreram mutações aleatórias que foram preservadas pelo processo de seleção natural, ao longo da evolução das espécies.

Muitas mutações, que ocorreram há milhares de séculos, são semelhantes em moscas, peixes e humanos. Talvez isso explique as informações genéticas coincidentes.

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