Notícias de saúde

Médico que quer clonar humanos processa ministro francês

Belo Horizonte, 24 Agosto de 2001 (Bibliomed). O médico italiano Severino Antinori, que anunciou seu plano de clonar humanos, decidiu processar o Ministro da Saúde da França, Bernard Kouchner, alegando ter sido prejudicado diante do severo discurso público contrário ao seu projeto. O médico pede uma indenização de US$ 25 milhões por danos morais.

Especialista em embriologia, Severino Antinori deu início à ação legal pelo fato do Ministro da Saúde da França tê-lo chamado de "doutor ética maluca", sugerindo ainda sua retirada dos quadros médicos da Itália.

Alarmados com a crescente possibilidade de um projeto de clonagem de seres humanos, a França e a Alemanha pediram, na primeira semana de agosto, à Organização das Nações Unidas (ONU) que convoque um debate de emergência sobre a questão, com o objetivo de se firmar uma convenção proibindo a prática em todo o mundo.

O apelo à ONU foi feito no mesmo dia em que o médico italiano Severino Antinori e o grego Panayotis Zavos divulgaram, em Washington (EUA), seus planos de clonar seres humanos ainda este ano, provavelmente em novembro.

Severino Antinori chegou a explicar como se dará o procedimento de clonagem. A técnica será baseada na criação de embriões derivados de células de indivíduos adultos (os primeiros clones) que serão congelados e estudados.

Em seguida, o processo será repetido transferindo o núcleo de uma célula de um clone para um novo óvulo hóspede. Assim, se daria um segundo clone. Uma vez conservado e estudado a fundo, o novo clone teria eliminado possíveis defeitos genéticos na tentativa de se obter um embrião saudável. Após essa etapa, seria implantado o embrião no útero. A gravidez, de acordo com o médico, seria controlada a todo tempo.

As explicações não convenceram a população científica e muito menos ao Vaticano, que expressou publicamente total reprovação aos planos dos cientistas.

Copyright © 2001 Bibliomed, Inc.

Faça o seu comentário
Comentários