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Doenças congênitas de bebês poderão ser tratadas pelo SUS

São Paulo, 11 de Junho de 2001 (eHealthLA). Tratar e acompanhar o desenvolvimento dos bebês através do Sistema Único de Saúde agora vai ficar mais fácil. É que foi assinada portaria instituindo o “Programa Nacional de Triagem Neonatal”.

A iniciativa, do Ministério da Saúde, permitirá que os profissionais da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) nos estados e nos municípios acompanhem os bebês que apresentarem doenças congênitas no chamado “teste do pezinho”.

O alcance do “teste do pezinho” no SUS está sendo ampliado e passa a detectar várias doenças e não mais apenas duas como anteriormente.

A partir da portaria, além do hipotireoidismo e a fenilcetonúria – exames já feitos atualmente –, o teste vai detectar a fibrose cística (doença que afeta pulmões e pâncreas), as doenças falciformes e outras hemoglobinopatias (doença que causa anemias hereditárias graves).

Para o Programa Nacional de Triagem Neonatal foram destinados recursos da ordem de R$ 35 milhões ao ano. Desse total, aproximadamente R$ 11 milhões são verbas adicionais que foram acrescidas aos atuais gastos com triagem. Esse valor será pago pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação – FAEC (recursos extra teto).

Outra novidade é a criação das Redes Estaduais de Triagem Neonatal, que serão organizadas pelas secretarias estaduais de saúde, em parceria com os municípios, além do Distrito Federal.

Essas redes serão compostas por postos de coleta, serviços de referência em triagem neonatal ou em acompanhamento e tratamento de doenças congênitas, além de laboratórios especializados e da rede assistencial complementar (internação hospitalar).

Características das doenças congênitas detectadas no “teste do pezinho”:

* Fenilcetonúria: doença hereditária que pode levar ao atraso no desenvolvimento neuro psicomotor,deficiência mental, comportamento agitado ou padrão autista, convulsão e odor característico na urina.

Prevalência no Brasil – 1 por 12.000 nascidos vivos Casos atualmente existentes – cerca de 2.500 pacientes.

* Hipotireoidismo: doença hereditária que se não tratada precocemente compromete seriamente o crescimento e o desenvolvimento mental;

Prevalência no Brasil – 1 por 2.500 nascidos vivos

Casos atualmente existentes – cerca de 12.000 pacientes

* Doenças falciformes e outras hemoglobinopatias: Provocam alterações na hemoglobina. Exemplo: doença falciforme, que causa anemia, crise de dor, infartos teciduais, acidente vascular cerebral(AVC) e aumento de infecções;

Prevalência no Brasil – 1 por 1.000 nascidos vivos

Casos atualmente existentes – cerca de 30.000 pacientes

* Fibrose cística: Doença hereditária que afeta principalmente pulmões e pâncreas. Crianças com essa doença evoluem com muitas complicações pulmonares e freqüentes internações hospitalares.

Prevalência no Brasil – 1 por 2.000 nascidos vivos

Casos atualmente existentes – cerca de 12.000 pacientes

Serviço:

Em caso de dúvida ligue para o Disque Saúde – 0800 61-1997

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