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Experiências de Asmáticos Depende do Sexo

26 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Mulheres com asma de alto risco são internadas em hospitais duas vezes mais que homens com o mesmo quadro, de acordo com um novo estudo.

Os níveis sanguíneos de dióxido de carbono das pacientes com asma não eram tão elevados quanto os dos homens asmáticos que chegaram ao hospital, indicando que, talvez, os homens estejam em uma fase mais avançada do ataque de asma quando são internados.

"Os resultados do nosso estudo nos deixam com duas preocupações principais", disse o chefe do estudo, David R. Trawick do Centro Médico da Universidade de Rochester, em Nova York. "A primeira é que as mulheres podem estar tendo mais contato com elementos que provocam a asma, o que as leva mais frequentemente ao hospital. Já os homens talvez devessem ir ao hospital mais cedo pois podem estar desatentos ou ignorar os sinais da crise de asma", disse Trawick.

Os pesquisadores avaliaram um período de 10 anos, entre 1985 e 1994, para comparar as taxas e efeitos da asma em 103 pacientes internados pelo menos duas vezes durante o período no Hospital New Haven, em Yale. As conclusões do estudo foram publicadas na edição de janeiro da revista Chest.

O grupo estudado contribuiu para um total de 382 visitas ao hospital; 69 por cento do total foram feitas por mulheres que incluíam quase três quartos do grupo de estudo. Embora os homens tenham tido maiores níveis de dióxido de carbono no sangue, números comparáveis de homens e mulheres foram internados mais tarde em unidades de tratamento intensivo.

Atualmente, a equipe de pesquisadores não possui uma razão biológica específica para atribuir ao gênero as diferenças que observaram nas taxas de internação em hospital ou os níveis maiores de dióxido de carbono nos homens, explicou Trawick.

Os autores apontaram que dois estudos anteriores identificaram uma predominância de homens internados na adolescência e uma taxa maior de mulheres em idade mais avançada. Para os pesquisadores, este fato pode indicar algum tipo de "modulação hormonal da asma".

"As diferenças de gênero nas internações hospitalares por asma podem incluir diferenças na resposta ventilatória ao dióxido de carbono elevado ou na tolerância às obstruções das vias aéreas e merecem estudos mais aprofundados", concluiu a equipe de Trawick.

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