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Pílula Abortiva Pode Ser Opção Segura Para Indianas

19 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Um aborto médico feito com a chamada "pílula abortiva" -- RU-486 -- é considerado uma alternativa segura para a interrupção cirúrgica precoce da gravidez. O método vem sendo usado com sucesso na França e em outros países europeus.

Agora, um estudo publicado na edição de 13 de janeiro da revista The Lancet apresenta resultados do uso da droga que induz o aborto, também conhecida como mifepristona, em áreas urbanas e rurais da Índia.

Durante o estudo, os pesquisadores avaliaram 900 mulheres que foram submetidas a abortos médicos -- 600 em áreas urbanas e 300 em rurais -- entre 1995 e 1998.

"Em cada local, mais de 97 por cento das mulheres com abortos bem-sucedidos estavam muito satisfeitas ou satisfeitas com seus abortos médicos e 95 por cento escolheriam o método novamente ou o recomendariam a outras mulheres", de acordo com Kurus Coyaji, do Hospital Kem, em Prune, Índia, e sua equipe internacional.

As taxas de sucesso do uso da mifepristona "foram tão altas quanto as taxas européias em todos os locais", destacaram os cientistas.

"O aborto com mifepristona-misoprostol pode ser feito com segurança, eficácia e boa aceitação em departamentos de planejamento familiar urbanos e em serviços de saúde rurais na Índia", afirmaram Coyaji e sua equipe.

"Consequentemente, mesmo os serviços de saúde rurais e urbanos da Índia que não estão oferecendo abortos cirúrgicos atualmente provavelmente poderão fornecer abortos médicos", concluíram os pesquisadores.

A RU-486 foi desenvolvida para uso nas primeiras nove semanas ou 63 dias após o início da última menstruação de uma mulher. A droga bloqueia o hormônio progesterona, que é necessário ao estabelecimento e à manutenção da gestação. Quando a progesterona é bloqueada, o revestimento do útero se rompe como uma menstruação intensa.

Dois dias após tomar a RU-486, a mulher deve tomar o misoprostol para completar o aborto. Uma visita de acompanhamento ao médico confirma se a gestação foi realmente interrompida. Em alguns casos, é necessário um aborto cirúrgico, caso o método médico não tenha sido bem-sucedido.

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