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Brasil: Cientistas Canadenses Desenvolvem Vacina para Mal de Alzheimer

São Paulo, 22 de Dezembro de 2000(eHLA). Cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, afirmam ter desenvolvido uma vacina contra o mal de Alzheimer que já pode ser testada em seres humanos. Testes em camundongos demonstraram que uma vacina pode reduzir os problemas comportamentais associados ao mal de Alzheimer, aumentando as esperanças de cientistas de que um tratamento para a principal causa de senilidade entre idosos esteja próximo de ser alcançado. A pesquisa se baseia na idéia de que uma vacina pode ser usada para estimular o sistema imunológico do organismo a destruir as placas senis que se formam no cérebro dos pacientes. O próximo passo, segundo os cientistas, é começar a se fazer testes em seres humanos.

A doença de Alzheimer acarreta a perda progressiva das funções intelectuais do indivíduo. Sua causa ainda é desconhecida e o tratamento é direcionado aos sintomas, ao seu ambiente e aos sistemas de apoio familiar. Segundo a ABRAz - Associação Brasileira de Alzheimer, estima-se que nos EUA existam cerca de quatro milhões de pacientes portadores da doença, e no Brasil, aproximadamente um milhão.

A enfermidade foi descrita pela primeira vez pelo médico Alois Alzhimer em 1907. “Essa doença é erroneamente conhecida pela população como esclerose ou caduquice, mas é uma forma de demência cuja causa não se relaciona com a circulação ou com a arteriosclerose. É devida à morte das células cerebrais que levam a uma atrofia do cérebro”, explica o neurologista Ivan Bertolucci, da Escola Paulista de Medicina.

Segundo o médico os sintomas iniciais são pequenos esquecimentos, normalmente aceitos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que vão se agravando gradualmente. “Os pacientes tornam-se confusos e por vezes agressivos, passam a apresentar alterações de personalidade, com distúrbios de conduta e terminam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos”, diz Bertolucci. À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação se inviabiliza e passam a necessitar de cuidados e supervisão integrais.

A doença de Alzheimer afeta milhões de idosos em todo o mundo e devem atingir mais de 22 milhões de pessoas em 2025 caso não seja descoberta uma cura.

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