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Papanicolaou Anual Pode Ser Desnecessário Depois da Menopausa

Por Merritt McKinney

NOVA YORK (Reuters Health)
- Depois da menopausa, o exame que detecta câncer de colo do útero não precisa ser feito com a mesma frequência que é realizado em mulheres jovens, informaram pesquisadores.

O papanicolaou deve ser feito a cada um ou três anos antes da menopausa, mas não há consenso sobre a frequência com que mulheres mais velhas deveriam ser examinadas.

Algumas pesquisas sugerem que mulheres com mais de 50 anos, com resultados normais de papanicolaou durante muitos anos, correm risco reduzido de desenvolver anormalidades ou câncer no colo do útero.

Como qualquer mulher que faz um papanicolaou pode ter um resultado falso positivo -- que pode provocar estresse e procedimentos médicos -, os médicos querem evitar os exames desnecessários.

Os pesquisadores chefiados por George F. Sawaya, da Universidade da Califórnia, em São Francisco, tentaram determinar a precisão do papanicolaou anual em mulheres após a menopausa, mas que tiveram exames anteriores normais.

O estudo incluiu mais de 2.500 mulheres na pós-menopausa com doença cardíaca, inscritas numa pesquisa sobre reposição hormonal. No começo do estudo, todas as mulheres tiveram resultados normais no papanicolaou.

Depois de dois anos de ter exame normal, 110 pacientes obtiveram um resultado positivo para anormalidades cervicais em um exame posterior, informaram os pesquisadores na edição de 19 de dezembro do Annals of Internal Medicine. Com exceção de um destes casos, os resultados foram falsos-positivos, significando que as mulheres não tinham câncer ou qualquer outra anormalidade cervical.

Além do custo dos testes usados para descartar um resultado falso-positivo, um exame falso pode provocar ansiedade, depressão e reduzir a auto-estima nas mulheres, observaram os autores.

"Até que mais informações estejam disponíveis, recomendamos não realizar o papanicolaou em dois anos a partir de um resultado normal em mulheres na pós-menopausa", concluiu a equipe de Sawaya. Mulheres na pós-menopausa que preferem ser examinadas com mais frequência deveriam ser informadas sobre o risco de resultados falsos-positivos e a necessidade de mais testes para o diagnóstico.

Os pesquisadores observaram que as descobertas se aplicam somente a mulheres na pós-menopausa que tiveram papanicolaou anteriores normais.

"Mulheres na pós-menopausa com uma longa história de exames cervicais normais deveriam discutir com seus médicos se o exame anual é necessário ou não", disse Sawaya à Reuters Health.

"Menos de um exame anual em certas mulheres com baixo risco, determinado por seus médicos, tem sido apoiado pela maioria dos grupos profissionais por mais de uma década", disse Sawaya.

Sinopse preparada por Reuters Health

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