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Terapia Genética Controla Arritmia em Porcos

Por Keith Mulvihill

NOVA YORK (Reuters Health)
- Uma técnica de terapia genética conseguiu controlar o batimento cardíaco irregular em porcos, de acordo com um estudo.

Os pesquisadores esperam que um dia a técnica possa ajudar humanos com arritmia, batimento cardíaco irregular. Em casos graves ela pode levar a parada cardíaca, se não for tratada com medicação, marcapassos ou desfibriladores.

"Basicamente, provamos que é possível usar a terapia genética para ajudar arritmias cardíacas, mas esse é apenas o começo. Muitas pesquisas serão necessárias se esse tipo de terapia genética for empregada em humanos", disse o principal autor do estudo, J. Kevin Donahue, à Reuters Health.

Na edição de dezembro de Nature Medicine, Donahue e sua equipe explicam que usaram um adenovírus geneticamente modificado -- um vírus inofensivo usado na terapia genética -- para tratar cinco porcos.

O vírus continha um gene capaz de produzir a proteína inibidora G, que está ativa no nodo atrioventricular, uma massa de tecido encontrada no coração que ajuda a controlar o batimento cardíaco.

Os pesquisadores introduziram um cateter na artéria próxima ao nodo e liberaram o vírus geneticamente modificado.

Um segundo grupo de porcos (o grupo de "controle) recebeu um vírus com um gene não relacionado à função cardíaca.

Após uma semana, os cientistas mediram as taxas de impulsos elétricos e confirmaram que o gene estava dentro das células no coração dos porcos.

Além disso, Donahue e sua equipe induziram um tipo de irregularidade de batimento cardíaco grave nos porcos e descobriram que aqueles que receberam a proteína G apresentaram uma queda de 20 por cento na frequência cardíaca, comparados aos porcos do grupo de controle.

Donahue explicou que o tratamento de drogas pode ter o mesmo efeito, mas que esses remédios podem causar efeitos colaterais.

Arritmias cardíacas graves também podem ser tratadas com um marcapasso ou desfibrilador implantado no corpo, mas eles podem aumentar o risco de infecção.

Já a terapia genética é direcionada a somente uma parte específica do corpo, destacou Donahue. O pesquisador sugeriu que uma terapia pode estar disponível a humanos dentro de cinco anos.

Sinopse preparada por Reuters Health

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