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Sal Aumenta Risco de Doença Cardíaca

Por Maggie Fox

WASHINGTON (Reuters) - Pessoas com pressão sanguínea normal ou baixa também têm risco mais alto de doença cardíaca se forem sensíveis ao sal, segundo informaram pesquisadores esta semana.

Uma revisão de um estudo feito há 17 anos mostrou que as pessoas cuja pressão arterial caiu com dieta pobre em sal foram mais propensas a viver mais, mesmo se tivessem pressão sanguínea normal ao começar a dieta.

O estudo sugeriu que as pessoas devem observar a ingestão de sal independentemente de seus problemas de saúde, informou em entrevista Myron Weinberger, professor de medicina e diretor da Escola de Medicina do Hypertension Research Center (Centro de Pesquisa sobre Hipertensão), da Universidade de Indiana.

"Reduzir o sal pode prevenir ou atrasar as doenças cardíacas", disse o pesquisador.

Os médicos já sabiam que reduzir o consumo de sal pode ajudar pessoas com pressão arterial alta, definida como superior a 140/90 milímetros de mercúrio.

Os estudos mostraram que cerca de um quarto da população em geral e 60 por cento das pessoas com pressão sanguínea alta são sensíveis ao sal. Nestes casos, a pressão sanguínea vai diminuir significativamente na dieta com pouco sal.

Em um pequeno estudo com alguns integrantes de uma pesquisa anterior, os especialistas verificaram que os considerados sensíveis ao sal tiveram um aumento de oito vezes na pressão sanguínea durante um período de dez anos.

A equipe buscou um estudo maior feito com 708 pessoas no princípio da década de 70 supondo que as pessoas sensíveis ao sal e que tinham pressão normal 27 anos antes, estariam bem. Não estavam, 120 pacientes do grupo original morreram.

As pessoas sensíveis ao sal foram mais propensas a morrer de doença cardíaca ou outras causas.

"A taxa de sobrevivência das pessoas sensíveis ao sal com pressão sanguínea normal não é melhor que a dos hipertensos", disse o especialista. A sensibilidade ao sal foi associada à tendência para doença renal, diabete e hipertrofia ventricular esquerda, um problema cardíaco.

Weinberger apresentou o trabalho durante a conferência do Conselho para Pesquisa sobre Pressão Sanguínea Alta da American Heart Association, em Washington. Conforme o especialista, não há um teste para saber se a pessoa é sensível, mas alguns estudos têm sugerido que pode haver um ou mais genes associados à sensibilidade.

Sinopse preparada por Reuters Health

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