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Estado de Saúde de Gêmeas Siamesas da Austrália é Crítico

BRISBANE, Austrália (Reuters) - Médicos australianos informaram na quinta-feira que as gêmeas siamesas separadas Tay-lah e Monique Armstrong estão em estado crítico, mas estável.

Uma equipe de 25 médicos do Real Hospital Infantil de Brisbane trabalhou por 12 horas na terça-feira para separar as meninas de 6 meses de idade, unidas pela parte de trás de suas cabeças, uma de ponta-cabeça em relação à outra.

"As duas são lutadoras, especialmente Tay-lah, que está doente desde o dia em que nasceu, de modo que me surpreende que ainda esteja viva", disse o neurocirurgião-chefe, Scott Campbell, em coletiva de imprensa.

Tay-lah é a mais fraca das gêmeas, já tendo sofrido ligeiro dano cerebral e insuficiência renal e sido submetida a cirurgia para corrigir o estreitamento de sua principal artéria cardíaca.

"Elas estão tão bem quanto se poderia esperar neste momento", disse Campbell.

Os médicos se prepararam para a cirurgia usando um modelo plástico tridimensional dos crânios dos bebês, com o qual puderam treinar virar as gêmeas antes da cirurgia.

Campbell disse que teve dúvidas antes de iniciar a cirurgia e que havia previsto apenas 50 por cento de chances de êxito.

"Quando começamos, o trabalho parecia ser difícil, mas conseguimos abrir caminho em meio a dois conjuntos distintos de vasos sanguíneos sem comprometer os cérebros das meninas", disse ele.

Apenas 30 tentativas anteriores foram feitas no mundo de separar gêmeos siameses unidos pela cabeça. As cirurgias foram feitas entre 1928 e 1987, e apenas 26 dos 60 gêmeos envolvidos sobreviveram.

Sinopse preparada por Reuters Health

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